Resumo

Título do Artigo

Engajamento de Stakeholders: Análise em Empresas do Setor Energético dos Países BRICS+
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Engajamento de Stakeholders
BRICS+
Análise de Conteúdo

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Corporativa e de Stakeholders

Autores

Nome
1 - Pedro Siston Franco
Faculdade FIPECAFI (FIPECAFI) - Espírito Santo do pinhal
2 - Ronaldo de Oliveira Santos Jhunior
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração

Reumo

A relação entre empresas e stakeholders nos países do BRICS+ é complexa, refletindo as especificidades econômicas e sociopolíticas de cada nação. Nesse sentido, um estudo sobre tais relações é particularmente relevante para ampliar o alcance contextual da teoria de stakeholders aproveitando o cenário de expansão do BRICS em 2024. Esta pesquisa analisa as priorizações de stakeholders e práticas de engajamento das principais empresas do setor energético desses países, utilizando relatórios não financeiros para oferecer reflexões para acadêmicos e praticantes.
O problema de pesquisa centra-se nas variações das práticas de engajamento de stakeholders entre empresas do setor energético nos países do BRICS+. O objetivo é, portanto, analisar e comparar essas práticas, considerando os níveis de engajamento e as priorizações de stakeholders em cada contexto nacional.
A Teoria dos Stakeholders de Freeman (1984) fundamenta este estudo, enfatizando a importância da gestão inclusiva e colaborativa dos stakeholders. O conceito de engajamento de stakeholders, conforme Greenwood (2007), envolve diálogo autêntico, participação ativa e respeito mútuo, contribuindo para a sustentabilidade organizacional. Modelos como o de Stocker et al. (2020) classificam o engajamento em três níveis: informar, responder e envolver stakeholders, oferecendo um framework para a análise.
Utilizamos uma abordagem exploratória baseada na análise de conteúdo de relatórios não financeiros de empresas. A análise focou na frequência de menções a diferentes grupos de stakeholders e na categorização dessas menções em níveis de engajamento. Foram consideradas palavras sinônimas para cada stakeholder, buscando uma avaliação abrangente. O mesmo procedimento foi utilizado para as práticas dos níveis de engajamento. A ferramenta NVivo 12 foi utilizada para organização e análise dos dados.
Os resultados mostram variações significativas nas práticas de engajamento de stakeholders. Empresas da China e Rússia destacam-se pelo alto nível de engajamento informativo, com ênfase na relação com governo e comunidade, refletindo maior força governamental e centralização. No Brasil, observa-se um equilíbrio entre os níveis de engajamento, com potencial atuação estatal e de mercado, além de organismos reguladores promovendo uma gestão mais holística. A África do Sul demonstra equilíbrio similar. As diferenças desses e dos demais países refletem contextos políticos e econômicos específicos.
As práticas de engajamento de stakeholders variam conforme os contextos nacionais, destacando a necessidade de estratégias adaptadas. Este estudo exploratório fornece uma base para futuras pesquisas mais detalhadas, considerando variáveis institucionais e culturais. Adaptações às realidades locais são relevantes para desenvolver práticas de engajamento eficazes e sustentáveis.
Freeman, R. E. (1984). Strategic management: A stakeholder approach. Cambridge university press. Stocker, F., de Arruda, M. P., de Mascena, K. M., & Boaventura, J. M. (2020). Stakeholder engagement in sustainability reporting: a classification model. Corporate Social Responsibility and Environmental Management, 27(5), 2071-2080. Greenwood, M. (2007). Stakeholder engagement: Beyond the myth of corporate responsibility. Journal of Business Ethics, 74, 315-327. Krippendorff, K. (2018). Content analysis: An introduction to its methodology. Sage publications.