Resumo

Título do Artigo

Inovação tecnológica na gestão de filas em parques temáticos brasileiros: estudo de caso
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Palavras Chave

Inovação tecnológica
Parque temático
Gestão de fila

Área

Tecnologia da Informação

Tema

Transformação Digital e Inovação em Negócios Digitais

Autores

Nome
1 - Edson Rocha de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
2 - Márcia Zabdiele Moreira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC

Reumo

Nos parques de diversões, a gestão eficiente de filas pode minimizar os tempos de espera e maximizar o fluxo de visitantes (Fitzsimmons; Fitzsimmons, 2014), já que métodos tradicionais enfrentam limitações, como a previsão de demandas flutuantes e a personalização da experiência de espera (Pikkemaat; Schuckert, 2007). Soluções tecnológicas, como sistemas de gerenciamento de filas em tempo real e aplicativos móveis para agendamentos virtuais, têm o potencial de transformar a experiência dos visitantes (Haden, 2006).
Nos parques temáticos brasileiros, a busca por eficiência operacional enfrenta desafios como limitações financeiras, resistências culturais e falta de conhecimento técnico (Associação Brasileira de Parques e Atrações, 2023). Uma busca nas bases de dados Scopus, Web of Science e SciELO revelou 4.562 pesquisas sobre gestão de filas em serviços no Brasil, mas nenhuma específica para parques temáticos brasileiros, destacando uma lacuna a ser explorada. O objetivo deste estudo é investigar as inovações tecnológicas na gestão de filas em parques temáticos brasileiros.
A inovação tecnológica, essencial para a competitividade, envolve novos produtos, processos e estruturas organizacionais (Schumpeter, 1997). Classificada como radical, incremental e disruptiva, a inovação tecnológica inclui áreas como biotecnologia, nanotecnologia e inteligência artificial (Cooper, 1994; Dosi, 2006; Taurion, 2016). No Brasil, predomina a inovação incremental devido ao contexto econômico (Figueiredo et al., 2020). Em parques temáticos, tecnologias como VR, AR e reconhecimento facial otimizam a gestão de filas e melhoram a experiência dos visitantes.
Este estudo adotou uma abordagem qualitativa (Yin, 2007) e descritiva (Gil, 2021), analisando inovações tecnológicas na gestão de filas em parques temáticos brasileiros. Utilizou-se um estudo de caso múltiplo e observação para coleta de dados, permitindo a generalização analítica e replicação dos instrumentos (Eisenhardt; Graebner, 2007). Os parques escolhidos foram um parque aquático no Ceará e um parque seco em Santa Catarina. Foram realizadas 09 visitas aos parques entre dezembro de 2022 e novembro de 2023, totalizando 88 horas de pesquisa.
A pesquisa analisou inovações tecnológicas na gestão de filas em parques temáticos brasileiros, destacando o Parque Seco com um Sistema de Fila Virtual e terminais de autoatendimento, e o Parque Aquático com reconhecimento facial para transações. No Parque Seco, as tecnologias otimizam a eficiência e a experiência do visitante, enquanto no Parque Aquático, elas personalizam o serviço e melhoram a segurança. Ambos enfrentam desafios operacionais e dependem de infraestruturas confiáveis. A pesquisa confirma a importância da inovação tecnológica para a competitividade e eficiência em parques.
Os resultados mostram que o Parque Seco adotou um Sistema de Fila Virtual via aplicativo, melhorando a distribuição de visitantes e reduzindo filas físicas. O Parque Aquático implementou reconhecimento facial para transações, simplificando processos e melhorando a experiência do cliente. O estudo enriquece o entendimento acadêmico sobre a aplicação de tecnologias em parques temáticos e fornece insights práticos para gestores. Limitações incluem a dependência tecnológica, sugerindo a necessidade de futuras pesquisas sobre alternativas de gestão de filas.
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