Resumo

Título do Artigo

INDÚSTRIA CRIATIVA E EMPREGABILIDADE FORMAL DE PROFISSIONAIS NO NORTE DE MINAS GERAIS
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Palavras Chave

Industria criativa.
Mercado de trabalho.
Norte de Minas.

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Cledinaldo Aparecido Dias
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Departamento de Ciências da Administração
2 - Tiago Ferreira Santos
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Campus Universitário Proferido Darcy Ribeiro
3 - Matheus Vitor Pereira de Abreu
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Montes Claros
4 - Gabriela Almeida Ferreira de Jesus
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Montes Claros
5 - Deise Cristina de Freitas Almeida
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Reumo

O conceito de indústria criativa abrange setores econômicos baseados na inovação, criatividade, habilidades e talentos individuais, que têm o potencial de criar empregos e gerar riqueza por meio da produção e exploração de propriedade intelectual. A ideia de que a criatividade pode ser um motor econômico ganhou força ao longo dos tempos e, embora as oscilações político-econômicas e sociais, o mercado de trabalho para profissionais criativos das áreas de cultura, mídias, consumo e tecnologia apresenta tendência progressiva e sólida.
Contrapondo os elementos das indústrias criativas em relação ao mercado de trabalho e a empregabilidade de profissionais criativos, este artigo questiona: qual o cenário do mercado de trabalho de profissionais criativos formalmente empregados nos setores da indústria criativa na região norte de Minas Gerais no ano de 2020? Para tanto, tomou-se como objetivo geral identificar a configuração do mercado de trabalho de profissionais criativos formalmente empregados nos setores da indústria criativa na região norte de Minas Gerais segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).
Os fundamentos teóricos que sustentam essa discussão envolvem uma revisão de literatura relacionada aos conceitos que perfazem a compreensão do mercado de trabalho, suas interações, indicadores e oportunidades (Almeida, 2009; Banov, 2012; Carvalho, 2008; Pieranton e Varella, 2008; Piketty, 2013 e OIT, 2024); bem como os elementos que definem o desenvolvimento da economia criativa e seu potencial de empregabilidade nas mais diversas áreas e segmentos (FIRJAN, 2022; Florida, 2002; Howkins, 2001; Nyco et al., 2018; Ritsilä e Haapanen, 2003).
O trabalho se utiliza de dados secundários do Mapeamento da Industria Criativa no Brasil. A análise foi conduzida se utilizando de técnicas de estatística descritiva. A divisão das áreas e setores da indústria criativa foi baseada na categorização estabelecida pela Firjan (2022) contemplando treze segmentos relacionados a quatro grandes áreas: Consumo, Mídias, Cultura e Tecnologia. A área estudada é composta por 89 municípios com população total estimada em 1.722.156 habitantes, área total de 128.451 km² e média de 13,4 habitantes por quilômetros quadrados.
Os resultados revelam disparidades na remuneração de profissionais que atuam nos segmentos da economia criativa. Municípios com altas remunerações, como Riacho dos Machados, Itacambira e Divisa Alegre, sugerem a presença de atividades que assumem maior valor agregado, como pesquisa e desenvolvimento, enquanto municípios como Montes Claros e São Francisco, com rendas médias mais baixas, indicam economias mais diversificadas, porém menos lucrativas. No que tange à quantidade de empregados, Montes Claros emprega 55% do total de toda a região, seguido de Pirapora, Capitão Enéas, Janaúba e Bocaiúva
A participação da indústria criativa no total de empregos formais no norte de Minas Gerais é modesta, mesmo em municípios com alta concentração de empregos criativos. As disparidades na remuneração e na distribuição de empregos podem ser amenizadas a partir de incentivos específicos para a indústria criativa, contribuindo para ajudar a equilibrar as oportunidades de emprego e a remuneração entre os municípios. A valorização e reconhecimento das riquezas culturais locais pode configurar como estratégia eficaz para elevar a renda e melhorar a qualidade de vida na região.
ALMEIDA, W. Captação e seleção de talentos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. FIRJAN. Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil 2022. Rio de Janeiro: FIRJAN, 2022. FLORIDA, R. The rise of the creative class. Nova York: Basic Books, 2002. HOWKINS, J. The Creative Economy. London: Penguin, 2001. NYKO, D.; ZENDRON, P. Economia Criativa. In: PUGA, F. P.; CASTRO, L. B. de. Visão 2035: Rio de Janeiro: BNDES, 2018. RITSILÄ, J.; HAAPANEN, M. Where Do the Highly Educated Migrate? Micro Level Evidence from Finland. International Review of Applied Economics, v. 17, n. 4, p. 437-448, mar. 2003.