RBV.
Práticas de RSC.
Ambientes institucionais policêntricos
Área
Gestão Socioambiental
Tema
Responsabilidade Social Corporativa (RSC)
Autores
Nome
1 - Silvina Maria dos Anjos Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
2 - Sílvio Luís de Vasconcellos Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo/SP
3 - RENATA GIACOMIN MENEZES Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - sao paulo
Reumo
Para responder ao ambiente policêntrico as empresas precisam desenvolver recursos e capacidades como principal fonte de vantagem competitiva sustentável (Barney, 1991, 1995). Baseada na perspectiva da Resource-based View (RBV) o interesse é fornecer entendimento sobre como os recursos e as capacidades das empresas podem ser usadas para o avanço das estratégias relacionadas à sustentabilidade dentro da empresa (Montiel; Delgado-Ceballos, 2014).
O problema de pesquisa foca em identificar quais recursos e capacidades são desenvolvidos pelas empresas para a implementação eficaz de práticas de RSC, atendendo às novas demandas sociais, ambientais e econômicas. Os objetivos principais do artigo são compreender as mudanças nas práticas empresariais em resposta às transições institucionais e avaliar o impacto dessas mudanças no desempenho das empresas.
A fundamentação teórica deste estudo baseia-se na visão baseada em recursos (RBV) de Barney (1991,1995), que enfatiza que as vantagens competitivas das empresas advêm de seus recursos e capacidades internas. Além disso, considera a perspectiva policêntrica de Ostrom (2009), enquanto contexto que analisa a complexidade dos ambientes institucionais e a interação de múltiplos centros de poder, bem como a literatura de Responsabilidade Social Corporativa (RSC).
Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva com estudo de caso único que possibilita a descrição do caso em profundidade, com uso de múltiplas fontes primárias e secundárias. Foi realizada uma pesquisa qualitativa descritiva por meio da análise documental no período de 2005 a 2023, e entrevistas semiestruturadas com colaboradores da empresa e parceiros que foram gravadas, transcritas e categorizadas via software ATLAS.Ti.
A empresa AgroCorp desenvolveu recursos e capacidades internas para atender às demandas ambientais, sociais e de governança. As práticas de RSC evoluíram em três fases: desenvolvimento inicial com foco em certificações e financiamento, expansão internacional com novas regulamentações e consolidação com posicionamento global sustentável. As ações resultaram em melhorias na rastreabilidade de fornecedores, redução de desmatamento e avanços em energia renovável.
As conclusões indicam que a AgroCorp implementou práticas robustas de RSC em resposta a ambientes institucionais policêntricos, desenvolveu recursos e capacidades internas para atender a demandas sociais, ambientais e econômicas, resultando em avanços significativos em sustentabilidade e governança. A adoção de práticas de RSC foi acelerada pela necessidade de legitimação e pela pressão de múltiplos centros de poder. O estudo sugere que a complexidade institucional exige estratégias inovadoras e destaca a relevância da RSC para a competitividade empresarial.
Barney, J. (1991). Firm Resources and Sustained Competitive Advantage. Journal of Management, 17(1), 99–120. https://doi.org/10.1177/014920639101700108.
Montiel, I., & Delgado-Ceballos, J. (2014). Defining and Measuring Corporate Sustainability: Are We There Yet? Organization and Environment, 27(2), 113–139.
Ostrom, E. (2009). Robust Resource Governance in Polycentric Institutions. In Understanding Institutional Diversity (pp. 255–288). Princeton University Press.
Yáñez-Araque, B., Sánchez-Infante Hernández, J. P., Gutiérrez-Broncano, S., & Jiménez-Estévez, P. (2021). Corporate social respons