Gestão de Projetos
Setor Bancário
Sistemas bancários
Área
Artigos Aplicados
Tema
Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação
Autores
Nome
1 - Agnaldo Goncalves UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - PPGA
2 - Marco Antonio Pinheiro da Silveira UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - PPGA
3 - Carla Bonato Marcolin UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios (FAGEN)
4 - Edson Keyso de Miranda Kubo UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) Mestrado e Doutorado
Reumo
No setor bancário, metodologias de gerenciamento de projetos são cruciais para eficiência e adaptação às regulamentações. Segundo Kerzner (2021), PMI (2017) e Highsmith (2002), essas metodologias estruturam iniciativas. Menezes (2018) e Bianchi (2017) destacam Agile, Scrum e Kanban. Severo (2014) e Schwaber & Sutherland (2020) ressaltam ajustes rápidos. A gestão de riscos e comunicação transparente, conforme PMI (2017), fortalece competitividade e conformidade.
O setor bancário nacional inova constantemente em produtos e serviços, com investimentos em tecnologia e gestão (Friósi et al., 2017). Em resposta à competição, adaptações rápidas são essenciais para atender às demandas dos clientes (Febraban, 2021). Mudanças regulatórias como a LGPD e avanços como Fintechs de Crédito e PIX redefinem o mercado financeiro, exigindo flexibilidade e eficiência operacional das instituições (Simply Tecnologia, 2021). Neste contexto, análise e recomendações para a melhorar a gestão de projetos críticos se faz essencial e estratégico para este setor.
O mundo dos negócios está em rápida transformação com avanços intensos na tecnologia da informação (TI) (Nakigudde, 2019). No setor financeiro, expandir operações online e oferecer serviços móveis é crucial (Moreira et al., 2020). Contudo, há desafios como vazamentos de dados e conformidade regulatória (Bacen), exigindo gestão eficaz de projetos (Vargas, 2010; Cleland e Ireland, 2007; Kerzner, 2020). Apenas 32% dos projetos de TI são concluídos conforme planejado, preocupando as instituições financeiras com multas por não conformidade (The Standish Group, 2009; PMI, 2017; ISO, 2021).
Este capítulo detalha a pesquisa de campo junto aos gerentes de projetos de instituições financeiras no setor bancário, diferenciando projetos normais e regulamentados analisando metodologias de gestão de projetos. Entrevistas estruturadas via Google Meet foram conduzidas para garantir objetividade. Resultados foram organizados em planilha Excel para análise. A pesquisa focou em cinco grandes bancos, adaptando-se às mudanças regulatórias, com recomendações baseadas em melhores práticas para garantir conformidade e eficiência na implementação de novos sistemas (Gil, 2008; Silveira, 2011).
A pesquisa com gerentes de projetos de instituições financeiras revelou que a escolha de metodologias é influenciada pelo contexto operacional e pelo framework adotado. Bancos tradicionais como o Banco4 preferem o método cascata para projetos regulatórios, apesar de tentativas de incorporar práticas ágeis. Organizações mais novas optam pelo Scrum, enquanto bancos em transição digital adotam uma abordagem híbrida. Fatores como alinhamento a normas regulatórias, autonomia dos grupos de trabalho e cultura organizacional são críticos na implementação das metodologias.
A pesquisa de campo combinada com o estudo bibliográfico resultou em recomendações cruciais para gestores de projetos em instituições financeiras, focando na implantação de módulos de sistemas de informações conforme novas regulamentações. Esses projetos são vitais para o setor financeiro nacional, demandando controle rigoroso para mitigar riscos financeiros. As recomendações abordam integração, escopo, cronograma, custo, qualidade, recursos humanos, comunicações e gestão de riscos, adaptando metodologias como cascata e Scrum para maximizar eficiência e conformidade regulatória.