Resumo

Título do Artigo

ECONOMIA CIRCULAR: Proposta de definição conceitual que sintetize seu estado da arte
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Palavras Chave

Economia circular
Análise semântica
Sistema econômico circular

Área

Operações

Tema

Economia Circular

Autores

Nome
1 - Marcia Maria Costa Bacovis
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS - IFAM - Campus Manaus Distrito Industrial
2 - Daniel Nascimento e Silva
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AMAZONAS (IFAM) - Campus Manaus Distrito Industrial

Reumo

O termo Economia Circular (EC) tem tornado-se familiar entre acadêmicos, políticos e praticante. Apesar do conceito vir de diferentes campos epistemológicos, ainda falta consenso e convergência na literatura (Homrich et al., 2018). Considerando seu amplo escopo, origem e abrangência, diversos autores reconhecem esta falta de consenso na definição de EC (Homrich et al, 2018; Kirchherr et al, 2017). Os diversos conceitos na literatura combinam os princípios de antigas escolas de pensamento, sendo um campo de pesquisa relativamente jovem onde o construto não está bem definido.
Não há um consenso na literatura sobre a definição de Economia circular . Assim, este artigo tem como objetivo apresentar uma nova definição para o conceito “Economia Circular” que sintetize o seu estado da arte. Para tanto, utilizou-se o método bibliográfico conceitual (Nascimento-e-Silva, 2012), que consiste em fazer a pergunta de investigação, coletar os dados necessários para a elaboração da resposta junto às bases científicas internacionais, identificar os termos chave com maiores frequências agrupados por grupos semânticos e gerar a resposta à pergunta de pesquisa.
Korhonen, Honkasalo and Seppala (2018) afirmam que o conceito de EC é baseado em uma coleção fragmentada de ideias derivadas de alguns campos científicos, incluindo campos emergentes. Para Kirchherr, Reike e Hekkert (2017) a EC deve ser analisada utilizando-se uma abordagem sistêmica. Eles identificaram que a perspectiva sistêmica da EC está presente nas publicações sobre o tema desde 2006. Estes autores identificaram que 29% das definições apresentavam a perspectiva de EC como um sistema antes de 2012, comparado a 47% a partir de 2012.
A análise da literatura científica mostra que quatro são as formas interpretativas da EC: como sistema, modelo, modo de desenvolvimento econômico e aposta de sustentabilidade futura. Enquanto sistema, o fenômeno se concentraria em três subsistemas: econômico, socioeconômico e industrial; da mesma forma, a preocupação com o modo de desenvolvimento econômico seria central na construção e execução de modelos orientados por atributos da sustentabilidade. A ideia de sistema é a forma interpretativa predominante na compreensão da EC (Geissdoerfer et al., 2017;Jain, 2017; Kampelmann, 2017)
Assim, a proposição de definição é que a "EC é um sistema econômico, industrial e social que cria valor por meio da reestruturação dos sistemas industriais, inovação do modelo de negócios das empresas de forma a desacelerar, fechar e estreitar os ciclos de produção; inovação do design dos produtos para estender a vida útil (design durável, modular, facilita a desmontagem); eliminação do desperdício nos processos; fechamento de loop de recursos internamente; gerenciar resíduos através da simbiose e reciclagem".
Kampelmann, S. (2017). Circular economy in a territorial context: the case of biowaste management in Brussels. In Post-growth Economics and Society (pp. 73-89). Routledge. Kirchherr, J., Reike, D., Hekkert, M. (2017). Conceptualizing the circular economy: An analysis of 114 definitions. Resources, Conservation and Recycling, 127, 221-232. Korhonen, J., Honkasalo, A., & Seppälä, J. (2018). Circular Economy: The Concept and its Limitations. Ecological Economics, 143, 37-46. Weetman, C. (2016). A circular economy handbook for business and supply chains: Repair, remake, redesign, rethink.