Resumo

Título do Artigo

FEEDBACK EM AÇÃO: MONÓLOGO OU DIÁLOGO?
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Palavras Chave

Feedback
Empreendedores
Agentes de inovação

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Alessandra Cassia de Medeiros Dellaquila
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Vergueiro
2 - VÂNIA MARIA JORGE NASSIF
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Administração
3 - FLAVIA MARIA DA SILVA
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - BARRA FUNDA

Reumo

O SEBRAE e o Ministério da Economia, desenvolveram um programa denominado ALI, destinado a micro e pequenas empresas. Para que as metodologias ALI sejam empregadas com sucesso e o aumento da produtividade seja alcançado, ajudando com o desenvolvimento social e econômico do país, é necessário que exista um processo de comunicação adequado entre os agentes de inovação e os empreendedores (Amaro, 2020). Diante deste desafio, o processo de feedback se torna uma ferramenta de gestão que tem como função regular o comportamento do indivíduo na busca por resultados.
Como o feedback contribui com o processo relacional entre empreendedores e agentes de inovação para o desenvolvimento de competências gestoras? Para responder a esse questionamento, o estudo teve por objetivo investigar de que forma os empreendedores e agentes de inovação do projeto ALI aproveitam as experiências relacionais do feedback, como ferramenta de desenvolvimento de competências, para melhoria do gerenciamento dos empreendimentos.
A literatura descreve o feedback como um processo, apresentando sua aplicação e sua indicação, fornecendo inclusive críticas sobre ao termo, mas uma grande parte dos estudos o categoriza como sendo a transmissão de informação em um contexto cognitivo e social (Ajjawi & Boud, 2017). Diante desta definição é possível notar que o foco, há muito, esteve no feedback como um monólogo. Em contrassenso Orsmond et al., (2013) salientaram que o feedback baseado apenas em informações, só é eficaz se combinado com estratégias de aumento de consciência, ou seja, deve ser um diálogo (Ajjawi & Boud, 2017).
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, que utilizou a entrevista apoiada em um roteiro semiestruturado como instrumento de coleta de dados (Vergara, 2013). O estudo foi realização com empreendedores e agentes de locais de inovação, que interagem no âmbito do Programa Brasil Mais, Projeto Agentes Locais de Inovação (SEBRAE, 2021b). Foram entrevistados 6 empreendedores e 3 agentes locais de inovação na modalidade online, com permissão para gravação e posterior degravação. A análise de conteúdo foi utilizada para tratar os dados coletados (Bardin, 2011).
Os dados obtidos foram fundamentais para a melhor compreensão do feedback como ferramenta de comunicação e desenvolvimento de competência, baseada na escuta, na fala, na troca e no relacionamento entre os interlocutores. Os aspectos afetivos e cognitivos se mostraram presentes nas respostas dos entrevistados, tanto que muitas vezes foi impossível dissociar esses elementos nas respostas dadas (Nassif, 2014), demonstrando a relação entre empreendedores e agentes e como alcançaram os resultados esperados. Os análise das citações demonstrou a convergência da literatura, no feedback como diálogo.
A pesquisa demonstrou que o feedback interacional entre os empreendedores e os agentes locais de inovação, foi fundamental para a sobrevivência dos negócios, principalmente em um contexto de pandemia, pois os empreendedores estavam se sentindo fragilizados e solitários, no enfrentamento das adversidades. Os entrevistados declararam ter desenvolvido as habilidades necessárias para a manutenção ou crescimento de suas empresas, no que tange ao planejamento organizacional, ao controle financeiro, a gestão das pessoas, a gestão digital, entre outras, à partir da orientação do agente.
Ajjawi, R., & Boud, D. (2017). Researching feedback dialogue: An interactional analysis approach. Assessment & Evaluation in Higher Education, 42(2), 252–265. Amaro, R. de A. (2020). Concepts of Work and Professional Competence Development: A Phenomenographic Study with SEBRAE’s Local Innovation Agents. 20. Nassif, V. M. J. (2014). Aspectos Afetivos e Cognitivos: Uma Relação Indissociável para Compreender o Comportamento do Empreendedor. VII Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (EGEPE), 17.