Resumo

Título do Artigo

PLATAFORMIZAÇÃO BANCÁRIA: A UBERIZAÇÃO DAS FINANÇAS NA ANÁLISE DE TRÊS BANCOS DIGITAIS BRASILEIROS
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Palavras Chave

Plataformas
Bancos Digitais
Modelos de Negócio

Área

Artigos Aplicados

Tema

Estratégia

Autores

Nome
1 - Rodrigo Garcia Duarte
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - São Cristóvão
2 - Débora Eleonora Pereira da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - PROPADM
3 - Maria Conceição Melo Silva Luft
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PROPADM

Reumo

A transformação digital é um fenômeno ativo que se estende em diferentes campos organizacionais (ROGERS, 2018) e, no caso do setor bancário brasileiro, além da ausência de estudos no tema das plataformas financeiras, verifica-se a exclusão de parcela da população do relacionamento nos canais financeiros tradicionais, não possuindo relacionamento bancário ou mesmo histórico de crédito (FEBRABAN, 2019).As soluções trazidas pelas empresas do setor financeiro em plataformas têm sido comparadas a uberização das finanças com possibilidade de maior inclusão financeira e social (VALOR ECONOMICO, 2020)
Os bancos passaram a oferecer com sucesso contas digitais e, em alguns casos, promover o lançamento de bancos nativos digitais (FEBRABAN, 2019). Esse movimento constitui-se em elementos característicos das plataformas, diversificando a intermediação de produtos financeiros e desenvolvedores externos, sendo assim denominados “bancos como plataforma”, também reconhecidos no acrônimo BaaP – Bank as a Platform (OPEN BANKING BRASIL, 2020). O modelo de plataformização visa melhorar a experiência bancária, personalizando a forma de oferta e tornando um banco mais propício a inovação.
de forma inédita, os bancos vêm perdendo a propriedade dos meios de transação pelos quais o cliente efetua o serviço, pois um cliente de banco pode utilizar uma instituição associada fora da rede de agências para pagar uma conta ou fazer um saque, por exemplo, a adoção do modelo pode cambiar a posição bancária na cadeia de valor, denotando novamente essencialidade a função.Destarte, a configuração como se dispõem estes elementos serve as distintas estratégias possíveis de atuação necessárias no negócio, de maneira a capturar, de modo adequado, uma parcela justa do valor criado na plataforma.
Verificação de, ao menos, dez elementos que podem ser categorizados para se realizar a análise de uma plataforma: os efeitos de rede criados, a arquitetura escolhida, o grau de disrupção que provoca, o processo de lançamento, a forma de monetização, o grau de abertura, a existência de processo de governança, as métricas utilizadas para avaliar desempenho, as estratégias de competição e o desenvolvimento ou não de política de regulação.
Revelou semelhanças e diferenças entre as organizações no contraste dos perfis das empresas e nas análises dos elementos em plataforma. A partir de tais achados tornou possível a construção esquemática dos elementos aderentes e não aderentes ao modelo, assim como a identificação de elementos que necessitam de análises individualizadas para cada caso de aplicação.
Importância para identificação dos processos fundamentais de criação de valor e o uso de tecnologia para criação de novos modelos, assim como revelou a preponderância de aplicação e o interesse teórico do modelo em plataforma, os bancos estudados não utilizam os modelos tradicionais bancários, adotando estratégias de empresas que operam em ambiente digital, seu modelo é mais aderente aos elementos da plataforma (ROGERS, 2016; TAEUSCHER; LAUDIEN, 2018; PARKER; ALSTYNE; CHOUDARY, 2018). A solidez e aversão as mudanças associadas ao negócio bancário foi substituída por maior dinamismo e inovação.