Resumo

Título do Artigo

MARKETING E ENTOMOFAGIA: uma análise bibliométrica dos últimos 10 anos
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Palavras Chave

Bibliometria
Entomofagia
Marketing

Área

Marketing

Tema

Comportamento do Consumidor

Autores

Nome
1 - Maurilio Barbosa de Oliveira da Silva
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Faculdade de Ciências Aplicadas
2 - Christiano França da Cunha
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA)
3 - Natália Fernandes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN

Reumo

Nos últimos anos um crescente número de estudos investigou a prática e aceitação de comer insetos (Ruby & Rozin, 2019). Em especial, um grande número de trabalhos orientados ao consumidor (Dagevos, 2020). O interesse por essa perspectiva especifica é justificada por Verbeke (2015), que afirma que a aceitação do consumidor constitui na maior barreira para o consumo de insetos como fonte segura de proteína. Portanto, parte da análise de alimentos também inclui a compreensão do comportamento do consumidor e sua percepção acerca do produto (Cope et al., 2010).
O número limitado de estudos que destacam as tendências de pesquisa sobre entomofagia na perspectiva mercadológica ratificam a necessidade deste trabalho, que tem como questão norteadora: o que a literatura internacional sobre marketing e entomofagia tem abordado nos últimos 10? Para tanto, o objetivo deste estudo é analisar os últimos dez anos de produção acadêmica sobre a relação entre insetos comestíveis e marketing. Para este fim, avaliar o conhecimento acumulado por meio de análises de pesquisas publicadas em periódicos revisados por pares são os recursos mais relevantes.
Consumir insetos colide em uma barreira intrínseca do ser humano na experimentação de novos alimentos (Birch, 1999), fruto de um passado em que o medo de alimentos não familiares tinha a função de proteger os indivíduos de comer pratos possivelmente perigosos ou nutricionalmente inadequados (Martins, & Pliner, 2006). Essa relutância é frequentemente devido as razões sociopsicológicas ao invés de lógicas (Myers, & Pettigrew, 2018).
A quantidade de publicações ao longo dos anos, nota-se um crescimento vertiginoso, principalmente a partir de 2018. Só foram identificados trabalhos, que atendesse a todos critérios definidos, a partir de 2014, reforçando a contemporaneidade do tema. O periódico Food Quality and Preference destacou-se por abrigar a maioria dos artigos mais citados sobre o tema. A palavra “willingness” (59 menções) tornou-se o vocábulo mais recorrente do corpus e que corrobora com os achados de Verbeke (2015) de como a disposição de comer insetos e alimentos à base de insetos é uma perspectiva muito explorada.
A partir dos achados, confirma-se como a relação na literatura entre marketing e entomofagia é dominada pela preocupação da aceitação ou não do consumidor desse novo alimento. Identificou-se ainda a existência de subtópicos importantes, apesar de menos influentes na literatura, como: aspectos de influência social, nutrição, produção, segurança do alimento e atributos do produto. Os resultados também apontam uma incipiência na área mercadológica, sobretudo aquilo que foge do comportamento do consumidor.
Gmuer, A., Guth, J. N., Hartmann, C., & Siegrist, M. (2016). Effects of the degree of processing of insect ingredients in snacks on expected emotional experiences and willingness to eat. Food Quality and Preference. Hartmann, C., Shi, J., Giusto, A., & Siegrist, M. (2015). The psychology of eating insects: A cross-cultural comparison between Germany and China. Food Quality and Preference, 44, 148–156. Hartmann, C., Siegrist, M., & Hartmann, C. (2017). Consumer perception and behaviour regarding sustainable protein consumption: A systematic review. Trends in Food Science & Technology, 1–41.