Resumo

A partir da decolonialidade, refletimos sobre dois pontos de vista ontológicos nos Estudos Organizacionais: um que vê as organizações como entidades estabilizadas e outro que as vê como processos.

Em seguida, considerando o debate sobre a ‘Organização fora das organizações formais’, propomos uma discussão sobre a Organização que existe para além das organizações modernas/coloniais. Nosso objetivo é contribuir com o avanço do campo dos Estudos Organizacionais, por meio da inserção de discussões de outras formas de organizar oriundas do mundo não surgido da modernidade/colonialidade. É o que chamamos de ‘Organização fora das organizações modernas/coloniais’.

Realizamos um resgate teórico do conceito de colonialidade e de pontos de vista ontológicos sobre organizações no campo dos Estudos Organizacionais, o que culminou em um olhar crítico sobre as compreensões hegemônicas de organização.

Discussão sobre a organização que há fora das organizações formais, e também fora das organizações modernas/coloniais.

Propomos um olhar sobre organizações indígenas e organizações quilombolas, como exemplos de organizações fora das organizações modernas/coloniais considerando-as em estado de tensão com a modernidade/colonialidade por possuírem no cerne dos seus modos de ser e organizar, a resistência e a luta contra colonizadoras

Ahrne, G., & Brunsson, N. (2011). Organization outside organizations: The significance of partial organization. Organization, 18(1), 83-104. Arroyo, M. (2013). Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes. Bakken, T., & Hernes, T. (2006). Organizing is both a verb and a noun: Weick meets Whitehead. Organization Studies, 27(11), 1599-1616. Bandeira, M. L., & Sodre, T. V. (1993). O Estado Novo, a reorganização espacial de Mato Grosso e a expropriação de terras de negros. O caso Mata Cavalo. Cadernos do Neru, 2, 83- 103.