Atributos do empreendedorismo.
Microempreendedores.
Análise fatorial.
Área
Empreendedorismo
Tema
Microempreendedor, Empreendedorismo Regional e Empreendedorismo Corporativo.
Autores
Nome
1 - Silvio Paula Ribeiro UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - Curso de Ciências Contábeis, campus de Três Lagoas - MS
2 - Luiz Antonio Ferreira de Sá UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - CPTL
3 - ERNANI OTT UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
4 - Sirlei Tonello Tisott UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - Campus Três Lagoas/MS
Reumo
Os atributos do empreendedorismo na perspectiva local têm sido abordados com o propósito de compreender as altas taxas de criação de empresas. Spigel (2017) infere que o empreendedorismo se desenvolve por conta dos atributos do local denominados: culturais, sociais e materiais. Conforme Maícas et al. (2015, p.247) “a presença do empreendedorismo de oportunidade e necessidade é influenciada pelas características do ambiente institucional”. O fortalecimento desta atividade contribui com oportunidades, gera boas vagas de emprego, renda arrecadação pública (ÁLVAREZ; AMARÓS; URBANO, 2014).
Os atributos culturais são considerados relevantes para o fomento do empreendedorismo (FRITSCH; WYRWICH, 2017; KIBLER; KAUTONEN; FINK, 2014). Miller; Acs (2017); Spigel; Harrison (2017) consideram os atributos sociais fundamentais ao empreendedorismo. Outros estudos destacam os atributos materiais como os precursores da atividade empreendedora (MAÍCAS et al., 2015; URBANO et al., 2017). Em relação ao empreendedorismo, as instituições devem fortalecer a atividade. Pretende-se responder: Quais são os atributos determinantes do empreendedorismo local, na perspectiva de microempreendedores?
Pesquisas abordam o tema empreendedorismo por meio da teoria institucional (ÁLVAREZ; AMARÓS; URBANO, 2014; FUENTELSAZ; MAICAS; MATA, 2017; GARCÍA et al., 2018; MAÍCAS et al., 2015; URBANO et al., 2017; VECIANA, 2005). Os empreendedores buscam o que no local pode lhes proporcionar benefícios e, consequentemente, buscam as instituições que podem dar a eles e seus empreendimentos o que procuram (FUENTELSAZ; MAICAS; MATA, 2017, p.3). Assim, resgata-se os principais estudos sobre os atributos do empreendedorismo local, relacionados ao contexto cultural, social e material.
Está pesquisa caracteriza-se como uma survey (CRESWELL, 2010). Quanto à abordagem do problema esta é quantitativa. Na análise dos dados utilizou-se a análise fatorial, já que Hair et al. (2009, p.107) afirmam que “a análise fatorial fornece ao pesquisador uma clara compreensão sobre quais variáveis podem atuar juntas e quantas variáveis podem realmente ser consideradas como tendo impacto na análise”. Metodologicamente, este estudo apresenta os seguintes componentes: Revisão teórica e empírica, população, amostra, validação, coleta, organização e análise dos dados.
Esse estudo teve como objetivo principal analisar os atributos determinantes do empreendedorismo local sob a ótica de microempreendedores. Para tal, realizou-se uma pesquisa survey, com abordagem quantitativa do problema. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de questionário junto a 50 (cinquenta) microempreendedores. Para a análise dos dados fez-se uso do software SPSS, versão 22. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e análise fatorial exploratória. Os dados foram considerados confiáveis por meio do teste Alfa de Cronbach, onde o índice foi de 0,841.
Os resultados obtidos indicam que os atributos determinantes do empreendedorismo local, na perspectiva dos microempreendedores são: ações individuais, costumes locais, mentores/negociadores, infraestrutura, política de incentivos, capital de investimento e trabalhadores talentosos. Porém, o empreendedorismo ocorre por necessidade dos indivíduos. Ainda, pode-se considerar que as instituições em prol do empreendedorismo local carecem de melhorias.
APARICIO, S.; URBANO, D.; AUDRETSCH, D. Institutional factors, opportunity entrepreneurship and economic growth: Panel data evidence. Technological Forecasting and Social Change, [S. l.], v. 102, p. 45-61, 2016.
SPIGEL, B. The Relational organization of entrepreneurial ecosystems. Entrepreneurship: Theory and Practice, [S. l.], v. 41, n. 1, p. 49-72, 2017. Disponível em: https://ssrn.com/abstract=2892813. Acesso em: 23 jan. 2019.