Resumo

Título do Artigo

Inovações Tecnológicas no Ambiente de Trabalho e a Carreira da Geração Millennium
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Palavras Chave

inovação tecnológica
carreira
geração millennium

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras e Competências

Autores

Nome
1 - Elza Fátima Rosa Veloso
FACULDADE FIA DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS (FFIA) - Mestrado Profissional em Gestão de Negócios
2 - Rodrigo Cunha da Silva
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI (UAM) - Departamento de administração
3 - Leonardo Nelmi Trevisan
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO (PUCSP) - FEA PUC/SP
4 - Joel Souza Dutra
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Butanta

Reumo

A importância de estudar a carreira dos jovens brasileiros, em sua associação com inovações tecnológicas, por meio de âncoras de carreira, foi enfatizada por Veloso, Trevisan, Silva e Dutra (2018). Paralelamente, no contexto internacional, Bravo, Seibert, Kraimer, Wayne e Liden (2015) explicam que, apesar da possibilidade de as âncoras apresentarem suposições ultrapassadas por terem sido desenvolvidas em uma época de empregos mais estáveis, pelo fato de focarem em valores e necessidades internas, continuam sendo úteis para entender escolhas de carreira.
Diante dessas reflexões, o objetivo da pesquisa apresentada neste artigo é analisar a percepção de jovens estudantes de administração, enquadrados na geração millenium, quanto a inovações tecnológicas no ambiente de trabalho, considerando suas âncoras de carreira.
Os milennials adentraram a força de trabalho no ano de 2004. Essas autoras perceberam que, para os jovens dessa geração que são formados em nível universitário, a incorporação da tecnologia acontece como uma espécie de “sexto sentido”, como um meio totalmente integrado de interação com o mundo. A necessidade de estudar a carreira de forma atrelada às inovações tecnológicas tem sido enfatizada ultimamente (Brougham e Haar, 2017).
Foi realizado um levantamento com 208 estudantes numa instituição privada de ensino superior da cidade de São Paulo, do último ano do curso de administração, sendo 107 alunos em 2017 e 101 em 2018. O questionário foi aplicado após permissão dos professores, em sala de aula, em períodos pré-determinados. No entanto, para esta pesquisa considerou-se apenas os alunos que responderam integralmente o questionário, totalizando 200 respondentes, todos nascidos a partir de 1993.
Entre as cinco hipóteses levantadas, quatro foram confirmadas. Esses jovens percebem o desenvolvimento de competências de carreira a partir do impulso das inovações tecnológicas, mas, não sentem grande stress associado à incorporação de tecnologias no ambiente de trabalho. Quanto mais os respondentes percebem o desenvolvimento das competências de carreiras inteligentes por meio da tecnologia, mais conscientes da possibilidade de substituição de pessoas por máquinas, o que também se manifesta fortemente quanto maior stress associado às inovações tecnológicas.
As reflexões empreendidas colaboram com um debate recente, que enfatiza o impacto de novas tecnologias na natureza do trabalho e nos níveis de emprego, mas, pouco considera as consequências das mudanças tecnológicas nas percepções individuais quanto ao futuro do trabalho (Brougham & Haar, 2017).
Bravo, J., Seibert, S. E., Kraimer, M. L., Wayne, S J., & Liden, R.C. (2015), Measuring orientations in the era of the boudaryless career, Journal of career assessment, pp1-24. Brougham, D. & Haar, J. (2017), Employee assessment of their technological redundancy, Labour & Industry: a journal of the social and economic relations of work, Vol 27 No 3, pp. 213-231. Veloso, E.F.R., Trevisan, L.N., Silva, R.C., & Dutra, J. S. (2018), The Use of Traditional and Non-Traditional Career Theories to Understand the Young’s Relationship with New Technologies, Revista de Gestão, V. 25 N. 4, pp. 340-357.