Resumo

Título do Artigo

INTEGRAÇÃO VERTICAL: UM ESTUDO DE CASO EM UMA COOPERATIVA AVÍCOLA NO PARANÁ
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Palavras Chave

Integração Vertical
Custos de Transação e de Mensuração
Visão Baseada em Recursos

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva Baseada em Recursos

Autores

Nome
1 - Bianca Jupiara Fortes
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Maringá
2 - José Paulo de Souza
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - Departamento de Administração

Reumo

Este estudo propôs tratar da estrutura de governança quando se opta pela internalização das atividades (integração vertical) ao invés de relações contratuais. Sob a perspectiva microanalítica da Nova Economia Institucional-NEI em suas abordagens de Custos de Transação -TCT e Custos de Mensuração –TCM, junto a Visão Baseada em Recursos-VBR que é alicerçada na Teoria Econômica. Desta forma, buscou-se, a elaboração de uma proposta teórica da complementaridade com potencial de predição para a decisão pela integração vertical para o caso de uma Cooperativa avícola do Paraná.
Dado que lacunas importantes permanecem na literatura, este estudo tem como problema de pesquisa: “Como os construtos de custos de transação, custos de mensuração, e capacidades e recursos se combinam para determinar a decisão de integração vertical? ” Por conseguinte, este estudo objetivou apresentar como uma abordagem orientada por proposições de complementaridade das Teorias de Custos de transação, Custos de mensuração e da Visão baseada em recursos, podem alicerçar a compreensão da adoção da integração vertical no SAG Avícola de Postura de Matrizes Pesadas em uma Cooperativa.
Guiou-se pela lente teórica da Nova Economia Institucional-NEI em suas abordagens de Custos de Transação -TCT e Custos de Mensuração –TCM, junto a Visão Baseada em Recursos-VBR. Para tanto, primeiramente identificou-se a abordagem da NEI com os seus principais autores Coase (1937), da TCT (WILLIAMSON, 1985) e da TCM (BARZEL, 2005). Seguidos dos principais autores da VBR: como (PENROSE, 1959; BARNEY, 1991; PETERAF, 1993). Por fim, foram abordadas propostas de complementaridade com os autores (CROOK et al., 2013; FOSS; STIEGLITZ, 2010; FOSS, 2005; AUGUSTO, SOUZA; CARIO, 2018).
Adotou-se a pesquisa de natureza qualitativa do tipo descritiva e teórico-empírica, com um corte transversal, realizada em 2019, por meio da estratégia de estudo de caso, com uma entrevista semiestruturada com o Gestor da Cooperativa estudada. A elaboração do esquema teórico foi fundamentada no conceito de complementaridade (ENNEN; RICHTER; 2010; BACHARACH; 1989). Realizou-se assim, a análise de conteúdo (BARDIN, 2011), a partir das dimensões de análise que emergiram em consonância com as categorias teóricas elencadas, a proposição e sub proposições.
Observou-se que, a proposição teórica apresentada para este estudo foi confirmada. Constatou que, a transação de ativos de alta especificidade e de difícil mensuração justificam a integração vertical, mas a escolha dos agentes depende também da disponibilidade de capacidades e recursos. Destaca-se assim, o manejo como um ativo específico que é estratégico e difícil de mensurar, como um recurso/capacidade que gera todo o diferencial para o caso da Cooperativa estudada, leva a redução de custos, contribui para a garantia de sanidade e uma boa reputação (condição de recurso para predição ex ant).
Constatou-se, que, considera-se a expansão da empresa, quando há condição de recurso e capacidade como a confiança/marca nas próprias garantias e habilidades de obter retorno, quando há a abertura de mercado. Esta decisão, envolve o âmbito institucional, com fatores estratégicos endógenos ou exógenos, sendo a condição de solidez da empresa no mercado, de geração de valor/reputação/relação forte com os clientes. Pois neste cenário, a organização dispõe de condições para comprar e manter essa internalização da produção, lhe conferindo sustentação de vantagem competitiva pela integração vertical.
BARZEL, Y. Organizational Forms and Measurement Costs. Journal of Institutional and Theoretical Economics. v.1, p.357-373, 2005. FOSS, N. J. The resource-based view: aligning strategy and competitive equilibrium. In: FOSS, N. J. Strategy, economic organization, and the knowledge economy: the coordination of firms and resources. Oxford: Oxford University Press, 2005. PENROSE, E. T. The theory of the growth of the firm. New York: John Wiley, 1959. WILLIAMSON, O. The Economics Institutions of Capitalism: Firms, Markets, Relational Contracting. New York: the Free Press, 1985.