Resumo

Título do Artigo

Os Impactos da Governança Corporativa no Valor de Mercado das Empresas Brasileiras após a Emissão de American Depositary Receipt (ADR)
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Palavras Chave

Valor de mercado
Governança corporativa
ADR

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Thalita Emanuelle Farias Bastos
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2 - Brunno da Silva
-
3 - Arthur Antonio Silva Rosa
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN
4 - Kárem Cristina de Sousa Ribeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FAGEN

Reumo

O valor de mercado de uma empresa é determinado na negociação, não há um valor correto para o negócio, pois leva em consideração as perspectivas dos envolvidos, com decisões subjetivas e que influenciam o valor das empresas (MARTINEZ, 1999). Segundo Riahi-Belkaoui (1999), empresas internacionalizadas possuem uma maior credibilidade, que embora não seja contabilizada pelas empresas, ela é precificada pelo mercado e ainda, valorizada pelos investidores, tendo reflexos nos preços da ações. A governança corporativa tende a minimizar os conflitos de agência (RABELO; SILVEIRA, 1999).
O problema de pesquisa do estudo é: Qual o impacto da governança corporativa e da internacionalização no valor de mercado das empresas brasileiras listadas na B3 após emissão de American Depositary Receipt (ADR)? E o objetivo consiste em analisar os impactos da governança corporativa e da internacionalização no valor de mercado das empresas brasileiras emissoras de ADR no período de 2010 a 2018.
As discussões levantadas sobre a governança corporativa surgem da hipótese de que, os mecanismos de governança acabam por influenciar o desempenho das organizações, e consequentemente, o valor destas no mercado (SILVEIRA; BARROS; FAMÁ, 2006). Dunning (1988) afirma que as empresas se internacionalizam com intuito de alcançar novos mercados, permitindo que a companhia a expanda seus negócios, aumentando o volume de vendas e podendo proporcionar economia de escala, possuindo implicações no valor de mercado da empresa (ERRUNZA; SENBET, 1981).
Foram selecionados dados de 2010 a 2018 das empresas brasileiras listadas na B3, com exceção das financeiras. O valor de mercado foi definida como variável-teste e as de governança e emissão de ADR como variáveis independentes. Para as proxies de governança, utilizou-se da técnica estatística de análise de componentes principais, cujos resultados culminaram em três variáveis: Expropriação, Entrincheiramento e Centralização de poder. As de controle foram ROE, tamanho, volatilidade, endividamento e liquidez. Foi utilizada a Análise de Dados em Painel.
Foi utilizado o modelo de efeitos fixos nas regressões. Os resultados demonstraram que quanto menos expropriação, menor centralização de poder e maior entrincheiramento, maior o valor de mercado da firma. Nos três modelos, as variáveis de controle apresentaram a mesma significância e sinal. Para a variável ADR, a relação se mostrou negativa. O ROE apresentou relação positiva com o valor de mercado, o tamanho da organização, volatilidade e endividamento apresentaram relação negativa e a liquidez apresentou relação positiva.
Verificou-se que quanto menos expropriação e centralização de poder e maior comportamento de entrincheiramento nas organizações, maior será seu valor de mercado. Pelos resultados auferidos, comprovam-se as hipóteses da relação negativa (H1) e relação positiva (H2) da governança corporativa com o valor de mercado e a hipótese da relação negativa (H3) da internacionalização (emissão de ADR) com a variável dependente.
JENSEN, M. e MECKLING, W. Theory of the firm: managerial behavior, agency costs and ownership structure. Journal of Financial Economics, v. 3, n. 4, p. 305-360, 1976. JOHANSON, J.; WIEDERSHEIM‐PAUL, Finn. The internationalization of the firm—four swedish cases 1. Journal of management studies, v. 12, n. 3, p. 305-323, 1975. OH, C. H. Value Creation and Home Region Internationalization of U.S. MNEs. Multinational Business Review, v. 18, n. 4, p. 23-50, 2010.