Resumo

Título do Artigo

Relações Entre Maturidade Científica e Tecnológica e Mecanismos de Colaboração, Aprendizagem e Transferência de Tecnologia em Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento
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Palavras Chave

Maturidade Científica e Tecnológica
Technology Readiness Level
Colaboração Aprendizagem Transferência de Tecnolog

Área

Gestão da Inovação

Tema

Gestão do Conhecimento, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Autores

Nome
1 - GISELE APARECIDA CHAVES ANTENOR
UECE - Universidade Estadual do Ceará - PPGA
2 - ELDA FONTINELE TAHIM
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Administração
3 - ROBERTA DUTRA DE ANDRADE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - CAMPUS DE QUIXADÁ
4 - Samuel Façanha Câmara
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - PPGA

Reumo

O presente estudo tem como objetivo caracterizar a maturidade científica e tecnológica dos projetos de pesquisa das Instituições de Ciência e Tecnologia cearenses e relacioná-la com mecanismos de aprendizagem, colaboração e transferência de tecnologia. Para tanto, utiliza-se como escala de medida a Technology Readiness Level (TRL), que possibilita o enquadramento das tecnologias em níveis de maturidade científica e tecnológica. Realizou-se uma pesquisa de campo qualitativa e descritiva aplicada, utilizando-se como coleta de dados a entrevista semiestruturada e análise de conteúdo.
Utilizando como métrica a TRL, o objetivo dessa pesquisa é caracterizar a maturidade científica e tecnológica dos projetos de pesquisa das ICTs cearenses e relacioná-la com mecanismos de aprendizagem, colaboração e transferência de tecnologia. Pretende-se, com esse objetivo responder à seguinte questão norteadora: Qual o nível de maturidade científica e tecnológica dos projetos de pesquisa das ICTs e suas possíveis relações com mecanismos aprendizagem, colaboração e de transferência tecnológica?
A partir do século XXI, a TRL passou a ser adotada por outras agências espaciais e novas versões adaptadas do TRL passaram a ser utilizadas no Japão, França e na Europa, pela Agência Espacial Europeia (Mankins, 2009). No Brasil, um exemplo do uso a TRL pode ser encontrado no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Em Portugal Guimarães et al. (2016) desenvolveram um estudo utilizando TRL para avaliação de atividades de P&D em instituições de pesquisa, com o objetivo de apoiar a construção de objetivos estratégicos para essas instituições.
Para o alcance do objetivo desta pesquisa, utilizou-se abordagem qualitativa, empregada, de acordo com Stake (2011). A natureza da pesquisa foi definida como descritiva aplicada, uma vez que visa gerar conhecimentos para aplicação prática, onde os fatos são observados, registrados e analisados sem que o pesquisador interfira sobre eles (Prodanov & Freitas, 2013). Foi definido como objeto de estudo e análise dezessete projetos científicos e tecnológicos de grupos de pesquisa de instituições de ensino superior, notadamente, as principais universidades localizadas no estado do Ceará.
Inicialmente, apresenta-se o resultado da caracterização do nível de maturidade das tecnologias desenvolvidas, bem como as áreas do conhecimento e instituições dos projetos em análise. Diante da amostra investigada, das percepções levantadas e analisadas, verifica-se que há, de fato, o uso dos construtos analisados no cotidiano dos pesquisadores. Verificou-se que os grupos de pesquisa com TRL mais maduras na escala também são aqueles em que o grupo demonstrou maior experiência, indicando talvez relação com aprendizado, muito embora não existam evidências conclusivas .
O alcance do objetivo geral se deu em duas etapas, sendo a primeira a caracterização da maturidade tecnológico dos projetos científicos e tecnológicos utilizando como métrica a Technology Readiness Levels (TRL). No que diz respeito aos objetivos específicos, relacionar os resultados da TRL com mecanismos de aprendizagem, colaboração e transferência de tecnologia, verificou-se que há, de fato, evidências dos construtos analisados no cotidiano dos pesquisadores.
Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo (3a ed.). Lisboa: Edições 70 Bessant, J., & Rush, H. (1993). Government support of manufacturing innovations: two country-level case studies. IEEE Transactions on Engineering Management, 40(1), 79-91. Cohen, W. M., & Levinthal, D. A. (1990). Absorptive Capacity: a New Perspective on Learning and Innovation. Administrative Science Quartely, 35(1), 128-52. NBR – Norma Brasileira ISO 16290 (2015). Sistemas espaciais- Definição dos níveis de maturidade da tecnologia (TRL) e de seus critérios de avaliação (1a Ed.).