Resumo

Título do Artigo

RELAÇÕES ENTRE ATORES SOCIAIS E STAKEHOLDERS EM UM NEGÓCIO SOCIAL: um estudo de caso no Instituto da Primeira Infância (IPREDE)
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Palavras Chave

Negócio social
Capital social
Stakeholders

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - Glailton Robson Costa Pinto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
2 - Diego de Queiroz Machado
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Programa de Pós-Graduação em Administração e Controladoria (PPAC)
3 - Fátima Regina Ney Matos
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - PPGA

Reumo

Os negócios sociais são organizações sem fins lucrativos que tem o objetivo de geração de recursos para financiar atividade sociais. Uma das questões centrais sobre o tema dos negócios sociais reside na geração do capital social. O novo foco é particularmente promissor para os atores sociais, que tipicamente envolve múltiplos stakeholders, com o objetivo de obter uma capacidade de criação do capital social. Assim, o capital social contribuirá para articular ações coordenadas e colaborativas em torno de um ambiente cívico confiável, participativo e que incentiva um efeito multiplicador.
Estudos anteriores evidenciam essa relação virtuosa entre empreendedorismo e capital social. Por outro lado, ainda são escassos estudos na literatura sobre a aplicação do capital social em negócios sociais. Diante desse contexto, este estudo visa explorar a seguinte questão de pesquisa: Quais as características das relações entre atores sociais e stakeholders em um negócio social? Seu objetivo geral, portanto, consiste em analisar as características das relações entre atores sociais e stakeholders em um negócio social.
O referencial teórico explorou os stakeholders como importantes atores para o desenvolvimento de um negócio social, bem como a construção do capital social. Prova desta relevância para a temática sobre negócios sociais está na relevância do capital social em um negócio social. A partir das ideias desenvolvidas acerca de negócios sociais, destacaram-se que algumas características daquele conceito estão alinhadas com a compreensão de capital social, principalmente no que tange ao estabelecimento de confiança e cooperação mútua entre uma rede de stakeholders.
Em termos metodológicos, optou-se pelo método de estudo de caso, sendo escolhido como negócio social para estudo o Instituto da Primeira Infância (IPREDE), uma ONG fundada em 1986 na cidade de Fortaleza/CE. As informações foram concedidas pelos gestores do IPREDE e de algumas das principais instituições parceiras do instituto, por meio de entrevistas. Os resultados foram analisados com a aplicação da análise de conteúdo e tendo como software de auxílio à análise o ATLAS.ti 8.
Evidencia-se, a partir dos conteúdos apresentados, que a dimensão relacional se refere à confiança criada e impulsionada pela dedicação nos relacionamentos. Membros do grupo podem confiar para ajudar a resolver problemas e gerar cooperação. Assim, as redes de relacionamento podem influenciar positivamente os indivíduos com posição de gestão, fato que refletirá diretamente em indicadores do capital social como confiança e credibilidade e identificação.
Dentre os principais aspectos, destacou-se a confiança. Percebe-se que a confiança para as ações sociais estimula o desenvolvimento de um relacionamento que envolve credibilidade. Em suma, a credibilidade é um forte aspecto que os gestores devem conquistar entre seus stakeholders para consequentemente obter confiança. A confiança também continua sendo o principal elemento para o cumprimento das obrigações e expectativas, porém essas obrigações e expectativas são motivadas principalmente pelas normas de reciprocidade, ou seja, uma contínua relação de troca.
COLEMAN, J. S. Social Capital in the Creation of Human Capital. American Journal of Sociology, v. 94, p. 95-120, 1988. JIANG, J. Y.; LIU, C. High performance work systems and organizational effectiveness: the mediating role of social capital. Human Resource Management Review, n. 25, p. 126-137, 2015. NAHAPIET, J.; GHOSHAL, S. Social capital, intellectual capital, and the organizational advantage. Academy of Management Review, v. 23, n. 2, p. 242-266, 1998.