Resumo

Título do Artigo

SOBREVIVÊNCIA DE EMPRESAS EXPORTADORAS BRASILEIRAS: OS IMPACTOS DO AMBIENTE INSTITUCIONAL
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Palavras Chave

Desempenho exportador
Teoria Institucional
Empresas brasileiras

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Bruno Henrique de Araujo
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - São Paulo
2 - Diego Bonaldo Coelho
Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) - Relações Internacionais

Reumo

Estudos em Negócios Internacionais e em gestão estratégica, com base em teoria das instituições, analisam o papel das instituições locais na internacionalização de empresas, tanto pelas limitações quanto pelo fomento e atividades facilitadoras para busca de novos mercados. Estudos relacionam o ambiente institucional com desempenho da internacionalização, com alocação de recursos, como fator para abertura institucional. Contudo, não analisam a composição dos elementos que levam ao desempenho da empresa exportadora, bem com a permanência do processo de internacionalização da empresa.
Questão problema: “O que amplia a sobrevivência exportadora das empresas brasileiras?”. Objetivo: estudar os elementos do ambiente institucional que influenciam a sobrevivência de empresas brasileiras na base exportadora, no contexto subnacional. Os objetivos específicos são verificar as condições necessárias para se obter sobrevivência da empresa como exportadora, verificar as condições suficientes para se obter sucesso na sobrevivência da empresa como exportadora e apontar quais são as condições necessárias e suficientes que explicam o sucesso na sobrevivência da empresa como exportadora.
A visão baseada em instituições pode ser descrita como uma das três teorias utilizadas ao longo dos últimos anos em estudos no campo de gestão estratégica. Na visão, o ambiente é considerado como elemento chave na análise do comportamento e do desempenho da empresa pela presença das instituições. Assim, gestão estratégica desenvolvida pelas organizações, segundo a visão baseada nas instituições, é resultado das relações entre elas e as instituições. As instituições moldam os incentivos vivenciados pelos agentes, de tal forma que afetam a eficiência do mercado e os custos transacionais.
Para analisar os elementos institucionais que ampliam a sobrevivência exportadora, bem como a equifinalidade dos fatores que leve ao melhor desempenho, foi utilizado o contexto das empresas exportadoras brasileiras e seus respectivos Estados de origem. Assim, formam coletados dados de 42.751 empresas exportadoras brasileiras entre 2001 e 2017. Os fatore institucionais foram considerados, em relação a cada um dos 27 Estados brasileiros, por meio do Ranking de Competitividade dos Estados - 2018, desenvolvido pelo Centro de Liderança Pública. Adoto como técnica analítica, o fsQCA.
Quatro modelos levam à ampliação da permanência da empresa na base exportadora. Em todos os modelos houve a alocação de todos elementos utilizados no estudo, indicando que mesmo com a ausência explícita de determinados fatores é possível possuir sobrevivência por maior tempo na base exportadora. A presença de alta intensidade tecnológica, combinada com outros fatores, está contemplado nos quatro modelos. Assim, fatores controlados estrategicamente pela empresa são necessários para combinação de fatores institucionais de tal forma que gerem a sobrevivência da empresa exportadora.
Verificou-se a existência de não apenas um caminho que cause a sobrevivência da empresa como exportadora, mas sim a presença de quatro caminhos, formados pelas combinações de diferentes fatores. Em todos os caminhos houve a presença da alta intensidade tecnológica na combinação com outros fatores institucionais para alcançar a sobrevivência da empresa como exportadora. Em análise de dados, as soluções apresentadas pelo mecanismo, foram confrontadas com as proposições iniciais originárias no capítulo de revisão da literatura.
Asmussen, Pedersen, Dhanaraj, 2009; Barney, 1991; Cuervo-Cazurra, 2008; Deng , Zhang, 2018; Fernández-Méndez, García-Canal, Guillén, 2018; Garrido, Gomez, Maicas, Orcos, 2014; Gaur, Kumar, Singh, 2014; Luo, Tung, 2007; Meyer, Estrin, Bhaumik, Peng, 2009; Meyer, Peng, 2016; Morgan, Katsikeas, Vorhies, 2012; Oliveira et al., 2017; Pajunen, 2008; Peng, 2002; Peng, Sun, Pinkham, Chen, 2009; Peng, Sun, Vlas, Minichilli, Corbetta, 2018; Peng, Wang, Jiang, 2008; Ragin, Rihoux, 2004; Rocha, Ávila, 2015; Schneider, Wagemann, 2010; Sun, Peng, Lee, Tan, 2015; William P. Wan, 2005; Xu, Meyer, 2012