Resumo

Título do Artigo

‘EXPOSIÇÃO’ DAS IDENTIDADES: Táticas e Práticas Cotidianas em uma Feira Livre de Foz do Iguaçu
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Palavras Chave

Táticas
Cotidiano
Identidade Organizacional

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Simbolismos, Culturas e Identidades Organizacionais

Autores

Nome
1 - Cleide Raupp
-
2 - Fábio Aurelio de Mario
Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC) - Administração - Centro

Reumo

O cotidiano, na administração, são perspectivas sociais construtivistas, considerando a identidade organizacional, como socialmente construída em relações realizadas coletivamente. Nesse contexto, o feirante com suas crenças e manias diárias busca se adaptar em um grupo, se adequar às regras mantendo sua essência, sobressaindo-se não apenas mais um em meio a tantas outras opções que o mercado dispõe. Tomamos o feirante como um sujeito e indivíduo pós-moderno, aquele que entre tantos papéis, também, expõe suas identidades no trabalho e no contexto organizacional.
O objetivo central do artigo foi de compreender como as práticas e táticas cotidianas são desenhadas pelos os expositores de uma Feira Livre em Foz do Iguaçu.Justificamos a importância da pesquisa sobre o tema, uma vez que é no cotidiano organizacional que torna-se relevante compreender como se formam uma organização, e suas identidades, por meio das relações de poder. Uma vez que é na convivência com outro e diante do outro, que a identidade é revelada, assim a identidade pessoal. O ser feirante não é apenas um comerciante, sua identidade está diretamente relacionada com esses laços sociais.
A fundamentação teórica foi divida em: A Identidade Organizacional; Trabalho; Cotidiano; As Feiras e o Feirante. As feiras nascem sobre a visão organizacional da melhor percepção de um melhor aproveitamento de ambiente, que permite a introdução de novas atividades que garantam outras fontes de renda para o feirante. Numa visão ampla, o cotidiano são vivências rotineiras que todos os humanos realizam no ciclo de sua vida. Quando em uma sociedade aparecem segmentos dominantes que exploram o trabalho humano, o produto do trabalho é separado, alienado. Assim, descrevemos as táticas cotidianas.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho descritivo. A pesquisa qualitativa está associada com a criatividade e reflexividade do pesquisador. Nossa coleta foi realizada em uma feira livre, por meio de entrevista semiestruturada. Nove sujeitos foram entrevistados, após nossa coleta de dados, transcrevemos as entrevistas. Nossa análise de dados foi por meio de análise de conteúdo temática.
Para nossa análise de dados, fizemos as transcrições integrais das entrevistas, após a aplicação da análise de conteúdo temática, os temas que mais foram evocados, são assim descritos: (I) Identidade e Trabalho na feira; (II) O trabalho como ‘exposição’ da identidade do feirante; (III) O trabalho como tática cotidiana do feirante.A exposição na feira é uma terapia para alguns dos expositores. O frequente cotidiano encontrado entre idosos (incluindo o aposentado), é um cotidiano de muitas representações no sentido do trabalho. Esses já são, quase num contexto automático de exclusão do trabalho.
Ao longo do estudo vimos que ser feirante não é apenas ser comerciante, feirante é aquele que através de suas táticas cotidianas são capazes de gerar e trocar experiências por meio de sua história.Para muitos feirantes, esse trabalho se interliga com necessidade de estar ali interagindo. A feira têm muito a ensinar, pela sua idade, pela sua prática cotidiana, pela suas experiências e conquistas ao longo da história da feira, mas também vimos que são pessoas que estão ali para aprender, por meio da interação ao mundo que os rodeia. Esses feirantes exercem uma vida dupla (moderna e tradicional),
Carrieri, A. D. P., Paes de Paula, A. P., & Davel, E. (2008). Identidade nas organizações: múltipla? Fluida? Autônoma? Organizações & Sociedade, 15(45), 127-144. Certeau, M. D. (1994). Artes de fazer: a invenção do cotidiano. Petrópolis, RJ: Vozes. Certeau, M. D. (1996). A invenção do cotidiano 2: morar, cozinhar. Petrópolis: Artes de Fazer. Sá, M. (2011). Feirantes: quem são e como administram seus negócios. Editora Universitária UFPE. Vedana, V. (2013). Fazer a feira e ser feirante. a construção cotidiana do trabalho em mercados de rua no contexto urbano. Horizontes Antropológicos, (39), 41-