Resumo

Título do Artigo

RELAÇÃO ENTRE TRABALHOS VOLUNTÁRIOS E FELICIDADE – ESTUDO DE CASO EM EMPRESAS SITUADAS NO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO
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Palavras Chave

Felicidade
Trabalho voluntário
Cantril

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - FLÁVIA FERNANDES TREVIZAN
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2 - GESSICA MINA KIM JESUS
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3 - Marinez Cristina Vitoreli
Centro Universitário de Bauru - Instituição Toledo de Ensino - bauru
4 - Enzo Barberio Mariano
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Faculdade de Engenharia de Bauru
5 - RODRIGO LUIZ GUARNETTI
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Reumo

O campo da psicologia positiva trata a felicidade sob duas perspectivas distintas: a hedônica e a eudaimônica. Segundo Diener et al. (2002), a felicidade hedônica é o resultado da avaliação pessoal de cada indivíduo com base em suas experiências racionais e emocionais positivas e negativas. Já o conceito de felicidade eudaimônica aborda a felicidade como virtude, relacionando a autonomia, o domínio, as relações positivas, o crescimento e o propósito ao bem estar psicológico (DIENER et al., 2002).
Os fatores que levam a associações positivas entre felicidade e trabalho voluntário não são bem definidos pela literatura (LIMA; MARIANO, 2018). Além disso, Lee (2019) afirma que as relações envolvendo trabalho voluntário e felicidade são complicadas, sugerindo que o tipo de voluntariado praticado afetam distintivamente a avaliação do indivíduo sobre sua felicidade. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar se existe relação entre felicidade e voluntariado, buscando identificar se as pessoas “voluntárias” são mais felizes que as não voluntárias.
Segundo Lee (2019) o trabalho voluntário pode assumir varias formas, mas em suma ele pode ser definido como um conjunto de atividades realizadas por um indivíduo sem a expectativa de um retorno monetário. Diversos estudos foram conduzidos para se estabelecer associações entre trabalho voluntário e felicidade. Mais recentemente, é aceito que o trabalho voluntário se relaciona positivamente com o bem estar subjetivo a partir do momento que ele mobiliza os recursos psicológicos e sociais dos indivíduos para o aumento do seu bem estar (LEE, 2019).
Foi conduzido um estudo de caso com colaboradores de duas empresas para avaliar se as pessoas voluntárias eram mais felizes do que as demais. Assim, os dados foram coletados no mês de Junho de 2019 através de um questionário estruturado em duas partes: a primeira contendo informações sobre a identificação do perfil do respondente e a segunda contendo duas perguntas sobre felicidade de Cantril e 29 perguntas do questionário de Oxford.
Ao todo foram validados 283 questionários, onde 66 eram de respondentes voluntários e 217 não voluntários. Os resultados apontaram que para a escala de Cantril a felicidade foi maior para o público voluntário, tendo em vista a perspectiva do hoje. Entretanto, para a perspectiva futura, o mesmo não apresentou diferença. O mesmo resultado foi encontrado para o questionário de Oxford. Em todos os levantamentos foram realizados a estatística de teste t, com suporte do software R.
A partir dos resultados obtidos podemos concluir que a relação entre trabalho voluntário e felicidade é complexa, e que pode depender de vários fatores internos e externos ao indivíduo. Contudo, na perspectiva do hoje (presente), os respondentes que declararam participar de trabalhos voluntários apresentaram um nível de felicidade maior do que os demais.
DIENER, E.; INGLEHART, R.; TAY, L. Theory and validity of life satisfaction scales. Social Indicators Research, v. 112, n. 3, p. 497–527, 2012. LEE, M. Volunteering and happiness: Examining the differential effects of volunteering types according to household income. Journal of Happiness Studies, v. 20, n. 3, p. 795-814, 2019. LIMA, P. A. B.; MARIANO, E. B., Felicidade Hedônica e Eudaimônica proporcionadas por trabalhos voluntários: uma revisão de literatura. XXV SIMPEP, 2018.