Resumo

Título do Artigo

A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NO EMPREENDEDORISMO
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Palavras Chave

Empreendedor
Empreendedorismo
Inteligência Emocional

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Ana Eliza Galvão Cortez
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - NATAL
2 - Thaís Barbosa Ferreira Andrade
UNIVERSIDADE POTIGUAR (UNP) - Roberto Freire

Reumo

A complexidade das ações que envolvem o empreendedorismo exige empreendedores conscientes não só de suas estruturas cognitivas e modelos de tomada de decisão, mas também da subjetividade e das emoções que formam a base de seus pensamentos. A Inteligência Emocional surge como uma abordagem relevante na busca desse equilíbrio, pois as habilidades decorrentes dessa inteligência envolvem compreender e expressar as próprias emoções, reconhecer emoções nos outros, regular o afeto e usar humor e emoções para motivar comportamentos adaptativos (SALOVEY; MAYER, 1990).
Esta pesquisa tem como objetivo compreender a importância do uso inteligente das emoções dos empreendedores em suas ações. A partir da revisão de literatura realizada, apresenta-se um Quadro com as aptidões decorrentes dessa inteligência, como elas ocorrem no processo empreendedor e quais benefícios podem trazer.
A Inteligência Emocional passou a ser reconhecida academicamente a partir do trabalho de Salovey e Mayer (1990) como uma forma de inteligência social, abrangendo as habilidades de monitorar as emoções e sentimentos próprios e dos outros, discriminá-los e utilizá-los para orientar pensamentos e ações. Os autores apontam algumas habilidades fundamentais para um indivíduo emocionalmente inteligente, dispostas em quatro níveis dentro dos quais há uma progressão no desenvolvimento de competências (MAYER; SALOVEY; CARUSO, 2004).
As habilidades fundamentais para um indivíduo emocionalmente inteligente no âmbito do empreendedorismo e da ação do empreendedor são discutidas em quatro tópicos: conhecer e perceber as próprias emoções; usar a emoção para facilitar o pensamento; entender como a emoção pode levar à motivação; gerir a emoção nos âmbitos intrapessoal e interpessoal. Ao final, um Quadro síntese é apresentado, destacando as aptidões referentes à cada nível e as relacionando com os seus possíveis benefícios para o empreendedorismo.
Foi possível observar que as ações dos empreendedores envolvem tanto um raciocínio baseado em elementos cognitivos, como a habilidade de comunicação e networking, por exemplo, quanto uma ação fundamentada por elementos de natureza afetiva, como a empatia e a intuição. Tais considerações reforçam que as várias diferenças individuais moldam o processo empreendedor. Muito se ouve falar em controlar as emoções, mas, no geral, entende-se como sufocá-las. No entanto, o ato de controlar deve ser usado de forma a ajudar, compreender e usar as emoções em benefício próprio e de outrem.
BARON, R. A. The role of affect in the entrepreneurial process. The Academy of Management Review. v.33, n.2, p. 328-340, 2008. GOLEMAN, D. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. 383 p. MAYER, J. D.; CARUSO, D. R.; SALOVEY, P. Emotional intelligence meets traditional standards for an intelligence. Intelligence, v. 27, n. 4, p. 267-298, 1999. MAYER, J. D.; CARUSO, D. R.; SALOVEY, P. SITARENIOS, G. Emotional Intelligence as a Standard Intelligence. Emotion, v. 1, n. 3, p. 232–242, 2001.