Resumo

Título do Artigo

Cooperação Interorganizacional e o Desenvolvimento de Ecoinovação: uma Revisão de Literatura
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Palavras Chave

Ecoinovação
Cooperação Interorganizacional
Revisão de Literatura

Área

Gestão da Inovação

Tema

Tecnologia e Sustentabilidade, Inovação e Sociedade

Autores

Nome
1 - Rafael Morais Pereira
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Programa de Pós-Graduação em Administração
2 - Maria Laura Ferranty MacLennan
UNIVERSIDADE IBIRAPUERA (UNIB) - São Paulo
3 - Eliane Fernandes Tiago
UNIVERSIDADE IBIRAPUERA (UNIB) - Campus Chácara Flora

Reumo

O fenômeno da sustentabilidade organizacional emergiu como uma resposta às demandas pela busca de um desenvolvimento sustentável. Por outro lado, a concorrência global também desafia as empresas a remodelarem os seus negócios, a fim de obter vantagem competitiva, muitas vezes por meio de inovação, em suas múltiplas dimensões. Aliando a perspectiva sustentável à dinâmica da inovação, emergiu na literatura de negócios o fenômeno da ecoinovação, resultado da pressão sobre as empresas para serem inovadoras em suas operações de negócios, considerando tanto os objetivos econômicos quanto ambientais.
Ainda que a cooperação interorganizacional tenha sido contemplada como relevante para a ecoinovação, ela é vista como secundária ao propósito dos estudos e, em função disso, as especificidades inerentes à complexidade dessa relação, cooperação e ecoinovação, é por vezes fragmentada e superficial, visto que algumas particularidades são evidenciadas, mas não o todo da relação, de forma sistematizada. Assim, o objetivo principal deste artigo foi analisar a relação entre cooperação interorganizacional e o desenvolvimento de ecoinovação, a partir de uma revisão de literatura.
A definição de ecoinovação consiste na produção, assimilação ou exploração de um produto, processo de produção, serviço, gestão ou método de negócio que é novo para a organização e que resulta, ao longo do seu ciclo de vida, numa redução do risco ambiental, poluição e outros impactos negativos do uso de recursos (incluindo o uso de energia). Já a cooperação interorganizacional reflete a atuação conjunta entre duas ou mais organizações, com fins específicos. Metodologicamente, realizou-se uma revisão de literatura na base Web of Science, a partir de termos associados aos dois temas em estudo.
A partir de 35 documentos recuperados, as especificidades da relação entre cooperação e ecoinovação foram analisadas a partir de oito categorias: Why - Por que cooperar? Antecedentes e Motivações; What - O que é cooperar? Definições e Operacionalização; How - Como cooperar? Tipos de Cooperação; Who - Com quem cooperar? Parceiros; How much? O quanto vale a pena cooperar? Condições Importantes; Where - Onde ocorre a cooperação? Porte e Localização do Parceiro; When - Quando cooperar? Fases do desenvolvimento da ecoinovação; e So What - E daí? Principais Resultados e Perspectivas futuras.
Diante do objetivo de analisar a relação entre cooperação interorganizacional e o desenvolvimento de ecoinovação, a partir de uma revisão de literatura, os nossos achados resultaram em um quadro teórico de referência capaz de explicar as diferentes especificidades concernentes à relação entre cooperação e ecoinovação. Como um aspecto geral evidenciado, os artigos analisados revelaram que as ecoinovações, em suas diferentes dimensões, são caracterizadas por níveis mais altos de cooperações, em comparação com outros tipos de inovação, o que permite às empresas superarem a falta de recursos.
Fussler, C. (1996). Driving eco-innovation: a breakthrough discipline for innovation and sustainability. London: Pitman Publishing. Kemp, R., & Pearson, P. (2007). Final report MEI project about measuring eco-innovation. Maastricht: UM Merit. OECD. (2009). Sustainable Manufacturing and Eco-Innovation: Framework, Practices, and Measurement. Paris, France: OECD. Rennings, K. (2000). Redefining innovation — eco-innovation research and the contribution from ecological economics. Ecological Economics, 32(2), 319-332. doi: https://doi.org/10.1016/S0921-8009(99)00112-3.