Resumo

Título do Artigo

PROPOSIÇÃO DE UMA ESCALA DE CONSUMO DE OBJETOS ARTESANAIS
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Desenvolvimento de escala
Consumo de bens culturais
Artesanato

Área

Marketing

Tema

Cultura e Sociedade

Autores

Nome
1 - REBECA DA ROCHA GRANGEIRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA) - Campus Juazeiro - Centro de Ciências Sociais Aplicadas
2 - Jailson Santana Carneiro
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO (UPE) - Campus Salgueiro
3 - Lucas Emmanuel Nascimento Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA) - Campus Juazeiro do Norte
4 - Manoel Bastos Gomes Neto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA) - Campus Juazeiro do Norte

Reumo

O consumo de produtos artesanais é marcado por processos que carecem de maior investigação, especialmente sob a lente dos estudos de marketing do comportamento do consumidor. O presente estudo possui como objetivo desenvolver e validar uma escala de consumo de objetos artesanais. A pesquisa se justifica por sua originalidade, uma vez que não foi encontrada na literatura medida com propósito semelhante. Também, pois apesar de ser uma atividade presente em 70% dos municípios brasileiro e gerar ganhos econômicos, ela ainda sofre com a falta de conhecimento de gestão por parte dos artesãos.
O escopo deste trabalho é consumo de objetos artesanais. Diante de transformações na forma de produção dos bens, identifica-se também mudanças no motivo que leva ao consumo de um objeto artesanal. Se em período anterior à expansão industrial, os objetos artesanais permeavam todo o dia a dia dos indivíduos, após este período o consumo se dá por outras razões, que não apenas utilitárias. Assim, o objetivo deste estudo consiste em desenvolver e validar medida para avaliar motivação de consumo e comportamentos de compra entre consumidores de objetos artesanais.
Os produtos artesanais são uma forma de guardar memórias e sentimentos conectados ao nosso passado, assim, um souvenir, pode ser usado como forma de tornar tangível uma experiência intangível. O primeiro fator relevante para a compra é o preço. Fatores situacionais, do ambiente, também influenciam a decisão de compra, como a qualidade do produto, conveniências e exposição do produto. No pós compra, a satisfação com a experiência no ambiente do consumo é o estímulo para a recomendação espontânea, a troca de informações e disseminação do produto através de meios interpessoais espontâneo.
Utilizou-se da literatura da área e de entrevistas com 6 consumidores de artesanato para inspirar na elaboração dos itens, que passaram pela validação de juízes. A primeira coleta de dados foi procedida de pré-teste. As amostras da primeira e segunda coletas compreenderam respectivamente 209 e 442 pessoas. Foram realizadas análises fatoriais e de correlação; extração do Alpha; teste de esfericidade de Bartlett e KMO. Adicionalmente, para a segunda coleta foi realizada AFC, a partir da utilização do software AMOS. Os parâmetros da referida análise seguiram recomendações propostas em Costa(2011)
Como resultados obtivemos, a exclusão de um item após a validação dos juízes. A exclusão de 15 itens após a primeira análise exploratória. Posteriormente, a exclusão de 20 itens após a segunda coleta de dados. Assim, a escala proposta possui 4 dimensões, cada uma com 4 itens. Observa-se que os resultados estatísticos das dimensões propostas são adequados. Apenas a dimensão serviço possui valores um pouco abaixo do esperado. Por fim, a escala pode ser usada para mensuração do consumo de artesanatos de maneira geral e em contexto mais específico, desde que as devidas adaptações sejam feitas.
Este estudo teve como objetivo desenvolver e validar uma escala para consumo de objetos artesanais. Para isso, seguimos os 10 passos proposto por Costa (2011) para o desenvolvimento de escalas. Como limitações desse estudo, citamos a origem de respondentes, restritos a basicamente à região Nordeste. Assim, recomenda-se que novas pesquisas sejam direcionadas para o conhecimento do consumo em outras regiões do país. Não obstante, incentiva-se também a inclusão de novas dimensões para uma melhor compreensão do consumo de objetos artesanais.
CANCLINI, N. G. As culturas populares no capitalismo. São Paulo: Brasiliense, 1983. COSTA, F. J. Mensuração e desenvolvimento de escalas: aplicações em administração. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2011. IBGE. Perfil dos estados e dos municípios brasileiros: cultura 2014, Coordenação de População e Indicadores Sociais Rio de Janeiro: IBGE, 2015. PANI, D.; PRADHAN, S. K. An Empirical Study of Impact of Demographic Variables on Consumer Preference towards Tribal Handicraft–A Case of Rayagada District during Chaiti Festival. Pacific Business Review International, v. 8, n. 7, p. 61-68, 2016.