Resumo

Título do Artigo

MECANISMOS DE FINANCIAMENTO USADOS POR EMPRESAS STARTUPS DO ESTADO DE SERGIPE
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Palavras Chave

Decisões de Financiamento
Empreendedorismo e Inovação
Micro e pequenas empresas

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - JOSE LAILSON SANTOS COSTA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Departamento de Administração
2 - Marcio Roque dos Santos da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Programa de Pós-graduação em Administração (PROPADM/UFS)
3 - Xênia L'amour Campos Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Departamento de Administração
4 - Maria Elena Leon Olave
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Programa de Pós-graduação em Administração -PROPADM e PROFIAP

Reumo

As startups, empreendimentos que estão mudando o mundo dos negócios, cresceram exponencialmente no Brasil, porém, a quantidade dessas empresas poderia ser ainda maior se houvesse mais aportes de recursos. Para desenvolver-se, as empresas utilizam créditos bancários, como: empréstimos, factoring, cheque especial, dentre outros. Porém, as startups não possuem garantias de bens tangíveis para adquirir esses fundos, surgindo assim novas demandas de crédito para auxiliar esse segmento: as fontes alternativas de financiamento (crowdfunding, investidores anjos, incubadoras, aceleradoras etc.).
Dados da CB Insights, Gama Academy e Startup Farm apontam que a maioria das startups não sobrevive no Brasil – 74% fecharam após cinco anos e 18% antes dos dois anos. Um dos principais motivos é a falta de recursos financeiros (29%), devido às dificuldades na captação de recursos (LIMA, 2018). Assim, este artigo objetiva investigar as fontes de financiamentos utilizadas por empreendedores de startups para o desenvolvimento dos seus negócios, discutindo acerca dos diferentes tipos de financiamentos e das principais dificuldades enfrentadas por eles na captação de recursos de terceiros.
As startups consistem em modelos de negócios de pequeno porte com pouco tempo de atuação, mas que dispõem de produtos com elevado potencial de escala e réplica (FELIZOLA, 2016), sua estrutura de capital, inicialmente, é similar às das empresas tradicionais. Porém, o acesso aos fundos de terceiros acontece de forma diferente, pois as startups não possuem garantias para os investidores por trabalharem exclusivamente com ativos intangíveis com elevados índices de instabilidade. Apontam-se como alternativas de financiamentos: investidores anjos, incubadoras, seed capital e outros. (MASSONI, 2016).
Para este estudo foi realizada uma análise quanti-qualitativa com estudo bibliográfico, sob uma abordagem exploratória e descritiva, envolvendo a operacionalização de um survey. A survey foi realizada junto a empreendedores de startups sergipanas de diversos segmentos e que já realizaram algum aporte de capital, participantes do Roadshow Aracaju da empresa Inseed Investimentos. Os dados foram tratados a partir de uma análise comparativa simples e estatisticamente descritiva.
Diante do exposto, destaca-se o uso por startups sergipanas, unanimemente, do autofinanciamento pela facilidade e custo, e, também, das fontes tradicionais de financiamento como a conta corrente e os recursos de familiares e amigos. Dentre as dificuldades, a apresentação de garantias foi a considerada de maior relevância pelos respondentes. Apesar de surgirem novas alternativas de financiamento, percebeu-se que na visão dos empresários essas novas opções ainda não estão acessíveis como o esperado, seja pela ausência de garantias ou pela inexperiência na obtenção dessas alternativas.
O crescimento das startups no Brasil tende a aumentar, e, consequentemente, o número de investidores para esse tipo de negócio. Cabe aos empreendedores apoiarem a proposta de valor, exclusivamente, no desenvolvimento de produtos/serviços que sejam munidos de inovação e não apenas em recursos de base tecnológica, além de procurar entender como atrair novas alternativas de financiamento. A participação do Estado nesse processo é importante com vista a um maior crescimento econômico, social, tecnológico, e, sobretudo, intelectual para o país, apoiando a manutenção de um ecossistema empreendedor.
FELIZOLA, M. P. M. As Startups Sergipanas: Um Estudo de caso do Caju Valley. 2016. 128 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2016. LIMA, L. Como abrir uma Startup de sucesso. Revista Você S/A, ed. 239. São Paulo: Editora Abril, p. 27-41, 2018. MASSONI, B. S. L. Financiamento para empreendedores tecnológicos: Estudo de casos múltiplos no estado de Sergipe. 2016. 179 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2016.