Resumo

O Programa de Educação Tutorial (PET) é uma política pública nacional que ocorre em instituições de ensino superior visando aumentar a qualificação dos cursos de graduação e contribui com a formação de muitos estudantes. Por isso, esse trabalho dedica-se à análise do Programa considerando atuação dos tutores, agente fundamentais para a sua implementação. O estudo foi realizado com grupos PETs da na UFPE. Para tal, buscou-se embasamento teórico em estudos já publicados, como o de Roque (2012) e Teixeira Filho, Monteiro e Silva (2017).

Considerando fundamental a atuação desses tutores para boa execução do Programa, questiona-se até que ponto os tutores do PET realizam suas atividades, aderindo às normas institucionais do Programa? Esta pesquisa foi realizada na Universidade Federal de Pernambuco, que atualmente dispõe de treze grupos de PET e possui como objetivo geral: analisar a adesão dos tutores dos PETs da UFPE à proposta institucional do Programa. Essas propostas estão presentes no MOB do PET, elaborado com a finalidade de orientar o seu funcionamento.

Para Roque (2012) a tutoria é entendida como uma ação de orientação global, que serve para articular a instrução e o aspecto educativo. Portanto, esse sistema tutorial compreende um conjunto de ações educativas que visam potencializar as capacidades básicas dos alunos, orientando-os a obterem crescimento intelectual e autonomia. Nota-se que a tutoria vai além de objetivos exclusivamente acadêmicos, e tampouco de orientação de um trabalho específico, está relacionada à formação integral do indivíduo. Portanto, a atuação do professor tutor é de fundamental importância para a boa execução do PET.

Pesquisa exploratória, estruturada com coleta de dados por meio de pesquisa documental (documentos do Ministério da Educação - MEC e o Manual do Programa de Educação Tutorial), e bibliográfica, realizada através de produções de acadêmicas sobre o tema. Como instrumento de coleta referente aos tutores, foi aplicado um questionário. As respostas foram organizadas em planilhas eletrônicas, caracterizadas de T1 a T6. Foi realizada a análise dos dados coletados, por meio de cruzamento das informações registradas.

Foi constatado que as práticas dos grupos na UFPE têm estado em consonância com as orientações determinadas no manual do PET e com os conceitos vistos em outras pesquisas, contudo, a grande discrionaridade na condução dos tutores, resulta em significativas diferenças na condução dos grupos e, consequentemente, em seus resultados. Não obstante, defende-se a necessidade de aprofundamento nos estudos a cerca do PET, abordando aspectos não contemplados neste trabalho, de modo a fundamentar melhorias ao programa.

Considerando as questões levantadas inicialmente, pode-se perceber que fora atingido o objetivos estabelecido, pois foi possível enxergar e compreender como os grupos PETs na UFPE tem seus exercícios alicerçados nas diretrizes institucionais. Na maioria dos aspectos estudados, os tutores cumpriram suas tarefas, contudo, em relação ao tripé universitário e a prática conjunta com outros grupos, observou-se uma lacuna entre os princípios institucionais e a condução dos tutores. A integração entre os grupos ainda requer mais incentivo de modo que conduza à interdisciplinaridade.

ROQUE, Marina Mercant Balau. A experiência no programa de educação tutorial (PET) e a formação do estudante do ensino superior. 2012. 127 f. Dissertação (Mestrado em educação) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 2012. TEIXEIRA FILHO, José G. A; MONTEIRO, Marcones S; SILVA, Joan F. E. Censo Pet UFPE 2017: Uma Pesquisa Censitária Do Programa De Educação Tutorial Da UFPE. 2017. 20 f. PET Mentor Aprediz, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.