Resumo

Título do Artigo

A INTERNALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO COMO MEDIDA DE RESULTADOS EM TRASNFERÊNCIA DE PRÁTICAS ORGANIZACIONAIS DE QUALIDADE: O CASO DE UMA INSTITUIÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA.
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Palavras Chave

internalização do conhecimento
capacidade absortiva
capacidade disseminativa

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Aprendizagem nas Organizações

Autores

Nome
1 - HELEN CRISTHIAN FERRAZ DE AQUINO IANI
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Coração Eucarístico
2 - Jose Marcio de Castro
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Programa de Pós-graduação em Admkinistração

Reumo

Nas últimas duas décadas, a transferência de conhecimento tem se constituído um dos processos mais estratégicos para as organizações, seja em razão da relação direta com a inovação, seja pelo seu papel decisivo na melhoria da performance organizacional (Argote & Fahrenkopf, 2016; Szulanski, Ringov & Jansen, 2016).Embora tenha havido um avanço na compreensão da transferência, a questão de como as organizações incorporam o conhecimento transferido está longe de ser algo fácil de avaliar ou mensurar. Um dos pontos críticos está na dificuldade em evidenciar que a aprendizagem ocorreu.
Sob tais considerações, um aspecto que merece atenção é a de que a avaliação de resultados em transferência de conhecimento implica avaliar não apenas a implementação do processo (Mu, Tang & Maclachlan, 2010), mas, sobretudo, se o conhecimento transferido foi internalizado, isto é, adotado ativamente pela firma receptora (Kostova & Roth, 2002).Tendo em vista essa lacuna na literatura, o objetivo desse artigo foi o de estudar o papel da capacidade absortiva do receptor e a capacidade disseminativa da fonte na internalização de práticas de qualidade por parte das organizações.
As bases teóricas versam sobre: a internalização de uma prática a partir da transferência compreendida a partir do nível de apropriação pela receptora do conhecimento transferido e, do tempo despendido para internalizar. Além de atores como a capacidade disseminativa da fonte e capacidade absortiva da receptora que podem afetar o grau de internalização do conhecimento da receptora ao inibir ou fomentar a apropriação e reduzir ou aumentar o tempo dessa apropriação.
Com o objetivo de investigar a internalização de práticas de qualidade em processos de transferência de conhecimento em uma fundação de saúde optou-se por realizar um estudo de caso qualitativo, incorporado e de corte longitudinal (Yin, 2017; Eisenhardt & Graebner, 2007), envolvendo a coleta de dados e informações ao longo de oito anos (2008–2015), tomando como caso a Funed/MG, uma instituição pública centenária que tem por finalidade a realização de pesquisas para o desenvolvimento científico e tecnológico, a produção de medicamentos, e a realização de análises laboratoriais.
Foram analisados os resultados do processo de implantação do Sistema de gestão da Qualidade nas quatro diretorias da Funed iniciou-se em 2008, inlcuindo dados até o ano de 2015. A análise dos resultados aponta que a maior capacidade disseminativa (CD) da fonte, contribui não apenas para a maior apropriação do conhecimento, mas, também, para a redução do tempo de internalização. A capacidade absortiva (CA) contribui para uma maior apropriação do conhecimento e redução no tempo de internalização por parte da receptora. Assim , CD e CA mostraram-se relevantes para a internalização do conhecimento
Do ponto de vista teórico fornecemos uma compreensão mais aprofundada da internalização do conhecimento como variável multidimensional, levando em consideração as dimensões da apropriação do conhecimento e do tempo de internalização. Além disso, formulamos um modelo teórico com quatro proposições que podem ser testadas empiricamente em outros estudos. Da perspectiva empírica, a compreensão do papel da capacidade absortiva e da capacidade disseminativa da fonte pode auxiliar a organizações a obterem resultados mais ágeis e duradouros com o processo de transferência de conhecimento.
Entre outros: Argote, L., & Fahrenkopf, E. (2016). Knowledge transfer in organizations: The roles of members, tasks, tools, and networks. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 136, 146-159. Huang, K. F., Lin, K. H., Wu, Y., & Yu, P. H. (2015). Absorptive capacity and autonomous R&D climate roles in firm innovation. Journal of Business Research, 68(1), 87-94. Szulanski, G., Ringov, D., & Jensen, R. J. (2016). Overcoming stickiness: How the timing of knowledge transfer methods affects transfer difficulty. Organization Science, 27(2), 304-322. Zahra, S. A., & George, G. (2002).