Resumo

Título do Artigo

Como ingresso e me mantenho no mercado? A visão das diferentes gerações
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Palavras Chave

Competências
Gerações
Mercado de trabalho

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras e Competências

Autores

Nome
1 - Letícia Mattiuz Bragagnolo
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL (PUCRS) - Escola de Negócios
2 - Ana Clarissa Matte Zanardo Santos
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL (PUCRS) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

O presente artigo busca identificar as competências necessárias para o ingresso e a permanência de profissionais no mercado de trabalho na visão das diferentes gerações, baseadas no modelo de competências adotado por McClelland. O mercado de trabalho vive em processo de transformação, e as organizações precisam buscar formas de se manterem competitivas mesmo em cenários adversos. Com a inserção de gerações cada vez mais jovens em equipes multietárias, o desafio passa a ser a gestão destas equipes.
Diante da problemática envolvida no gerenciamento de equipes multietárias na busca pelo atingimento de metas e objetivos, otimização processos e obtenção de resultados satisfatórios, surge a seguinte questão de pesquisa: quais as competências necessárias para ingressar e permanecer no mercado de trabalho na visão das diferentes gerações? Desta forma, este trabalho tem como objetivo compreender as diferenças das percepções das gerações sobre o mercado de trabalho e identificar as competências que devem ser desenvolvidas para ingressar e permanecer no mesmo.
As primeiras discussões acerca da ideia de competências organizacionais são relacionadas aos representantes da teoria da Visão Baseada em Recursos (RBV). Todavia, nesta época não eram lavadas em consideração as constantes mudanças do mercado e do comportamento do consumidor. Assim, as organizações passaram a se rearranjar de forma a atender estas demandas, somando as experiências vividas, surgindo o conceito de Core Competence. No entanto, competências não possuem uma definição única. Há diversos autores definindo este conceito: McClelland, Le Boterf, Zarifan, entre outros.
Foi realizada uma pesquisa de natureza quantitativa, utilizando como método uma survey para coleta de dados, tendo como retorno 473 respostas no total, sendo 344 respostas válidas. Para a análise dos dados recebidos foram utilizadas estatística descritiva, análise fatorial exploratória (AFE), correlação de Pearson, teste T e Anova, com auxílio do programa SPSS.
Diante da análise dos dados, percebe-se que paras as gerações Baby Boomers e X, as habilidades coletivas e cognitivas apresentam maior relevância para o ingresso no mercado de trabalho, do que para as gerações Y e Z, que priorizam o conhecimento formal e as habilidades de comunicação. Já para a permanência no mercado de trabalho, as quatro gerações estudadas mostram que as habilidades ligadas à empresa e as atitudes são mais relevantes. Apesar da pesquisa ter sido direcionada ao entendimento da percepção das diferentes gerações, é possível perceber que há diferenças decorrentes do gênero.
Ao final do estudo, entende-se que na utilização da gestão por competências como modelo estratégico para otimizar os resultados das equipes multietárias e maximizar os ganhos da organização, é necessário que sejam trabalhados todos os fatores formadores do modelo de competências adotado por McClelland (Conhecimento - Habilidade - Atitude). Também infere-se que apesar da pesquisa ter sido direcionada ao entendimento da percepção das diferentes gerações, é possível perceber que há também diferenças decorrentes do gênero.
Bahry, C.P., e Tolfo, S.R. (2004). A gestão de competências e a obtenção de vantagem competitiva sustentável em organizações bancárias. RAM. Revista de Administração Mackenzie, Vol. 5, No. 2. Bitencourt, C.C. (2005). Gestão de competências e aprendizagem nas organizações. São Leopoldo: Unisinos, pp. 173. Bitencourt, C.C., Azevedo, D., e Froehlich, C. (2013). Na trilha das competências: caminhos possíveis no cenário das organizações. Porto Alegre: Bookman. McClelland, D.C. (1973). Testing for competence rather than for" intelligence.". American psychologist, Vol. 28, No. 1, pp. 1.