Resumo

A concorrência, impulsionada pela globalização, aumentou a competição entre as empresas na busca pelo sucesso (MUSSOI et al., 2008). Neste contexto, muitas empresas procuram obter vantagem competitiva, comumente pautada em oferecer maior quantidade de produtos a preços menores, reduzindo seus custos. Todavia, tais fatores atendem apenas a requisitos de mercado, não garantindo efetivamente a competitividade de uma empresa, sendo necessário, portanto, a atenção a requisitos internos, que podem ser representados pelos seus objetivos estratégicos (VOLTZ, 2010).

O mercado de seguros é altamente competitivo, e, mesmo em um cenário de crise econômica e política, cresceu 9,2% em volume de prêmios em 2016 (FUNENSEG, 2017). Em mercados competitivos, é comum que empresas busquem por novas ferramentas gerenciais para melhorar a sua prestação de serviços (GONÇALVES, 2014). A empresa pesquisada possui missão e visão definidas, contudo, não dispõe de nenhum modelo ou método de gestão estratégica que identifique medidas de desempenho para seus objetivos, trabalhando apenas com indicadores financeiros analisados de maneira isolada.

Em uma pequena corretora de seguros, como é possível traduzir a visão e os objetivos em indicadores que viabilizem a gestão de seus objetivos estratégicos?

Aplicar o método do Balanced Scorecard em uma pequena empresa corretora de seguros. Esta análise foi suportada pela coadunação de três objetivos específicos: identificar a missão e visão da empresa, identificar os objetivos e indicadores utilizados na gestão da empresa e classificar tais objetivos e indicadores conforme as perspectivas do modelo do BSC. Culminou-se na elaboração de um mapa estratégico.

O mapa estratégico englobou os objetivos e indicadores nas perspectivas do BSC, além de exibir a relação entre os objetivos. Todos os objetivos estão interligados, de forma que todo o mapa estratégico seja uma sequência de causas e efeitos. O acompanhamento de cada índice de performance torna possível mensurar o alcance dos objetivos, dessa forma, a empresa consegue acompanhar, com determinada frequência, se os objetivos estão sendo alcançados e quais merecem atenção mais expressiva.

Em razão da construção do mapa estratégico, foi possível sistematizar diferentes metas que não eram divulgados aos membros da empresa, mostrando os objetivos e indicadores não-financeiros que também requerem atenção, seguindo a premissa do BSC. Tecnicamente, o resultado é relevante para a área no sentido de validação da ferramenta em um caso, fornecendo base para validação no setor e também para construção de escalas para surveys quantitativos por meio da pesquisa qualitativa.