Resumo

Título do Artigo

RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS DO SETOR FARMACÊUTICO, BRASILEIRAS E ESTRANGEIRAS, NO BRASIL
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Palavras Chave

Responsabilidade Social
Estratégia
Setor Farmacêutico

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Responsabilidade Social Corporativa (RSC)

Autores

Nome
1 - Cândido Ferreira Silva Filho
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS (PUC-CAMPINAS) - CENTRO DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO
2 - Samuel Carvalho De Benedicto
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS (PUC-CAMPINAS) - Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Sustentabilidade
3 - CIBELE ROBERTA SUGAHARA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS (PUC-CAMPINAS) - Mestrado em Sustentabilidade
4 - Marcos Ricardo Rosa Georges
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS (PUC-CAMPINAS) - Centro de Economia e Administração

Reumo

A responsabilidade social (RS) vem despertando a atenção crescente das corporações, pois a sociedade espera que elas contribuam para o desenvolvimento social e ambiental, e não pensem apenas no lucro. A perenidade das corporações no mercado atual depende do envolvimento com as iniciativas voltadas para a sustentabilidade e RS, face os sérios problemas que os seres humanos e as empresas causaram ao planeta. Apesar da relevância econômica e contribuições do setor farmacêutico para a qualidade de vida da população, há poucos estudos sobre RS e estratégias adotadas pelas empresas do setor.
A partir do contexto exposto, foram formuladas as seguintes perguntas de pesquisa: como as empresas do setor farmacêutico expressam a sua RS? As empresas estrangeiras e as empresas nacionais comunicam a RS de forma similar? Existe articulação entre RS e estratégia empresarial? O objetivo do estudo é identificar a forma de apreensão do conceito de RS pelas empresas do setor farmacêutico, comparar a comunicação da RS das empresas brasileiras e estrangeiras, e caracterizar a articulação da RS com a estratégia empresarial.
A RS passou a fazer parte do “business core” do negócio, possibilitando à empresa aumentar a sua vantagem competitiva; estabelecer relacionamentos do tipo ganha-ganha; reduzir custos e riscos; fortalecer sua legitimidade e reputação (CARROLL; SHABANA, 2010). A RS passou a ser uma questão de sobrevivência, resultando daí, nas ações sociais fazerem parte da estratégia competitiva das corporações, contribuindo para os resultados do negócio (TURCSANYI; SISAYE, 2013). A estratégia correta de RS é aquela em que existe uma convergência entre objetivos econômicos e sociais (PORTER; KRAMER, 2006).
A metodologia é qualitativa, exploratória e descritiva. O estudo se constituiu também numa pesquisa bibliográfica e documental (GIL, 2008), a partir das informações públicas veiculadas nos sites das empresas. Foram identificadoa os indicadores denominados Corporate Social Responsibility Information Disclosure on the Web (CSRIDOW), que foi utilizado por Sousa Filho et al. (2014) e Wanderley et al. (2008). Utilizou-se o teste Qui-quadrado (não paramétrico), para testar as hipóteses. Foram analisadas as 19 empresas farmacêuticas listadas entre as 1000 maiores empresas brasileiras (EXAME, 2017).
As empresas com mais atividades de RS figuram entre as oito maiores do setor em termos de vendas líquidas. Encontramos convergências e divergências nas práticas relativas à RS. Existem aspectos convergentes como, por exemplo, a menção à RS na web site corporativo, ou então, a ausência da divulgação dos relatórios de sustentabilidade e/ou GRI. As empresas farmacêuticas brasileiras parecem mais preocupadas em identificar os seus parceiros nos projetos de RS, face às empresas estrangeiras. As empresas estrangeiras tornam mais explícito o seu compromisso com a responsabilidade social e ambiental.
Os resultados revelam que a preocupação com a RS é global. A maioria das empresas do setor farmacêutico, brasileiras e estrangeiras, atuantes no Brasil, dispensam atenção ao tema. As empresas estudadas, nacionais e estrangeiras, utilizam o site corporativo para explicitar as ações de RS. Aspectos críticos dizem respeito à identificação dos parceiros e dos resultados dos projetos e programas de RS e, também, à divulgação dos relatórios de sustentabilidade. Além disso, a comunicação não é esclarecedora acerca do papel da RS e sustentabilidade na estratégia competitiva das empresas do setor.
CARROLL, A. B.; SHABANA, K. M. The Business Case for Corporate Social Responsibility. Int. Jour. Manag. Reviews, v. 12, n. 1, 2010. COOK, L. et al. An exploratory analysis of corporate social responsibility. Jour. Comm. Management, v. 22, n. 2, 2018. FARIA, A. A responsabilidade social é uma questão de estratégia? Rev. Adm. Pública, v. 42, n. 1, 2008. HARJOTO, M. A. Corporate social responsibility and corporate fraud. Social Resp. Journal, v. 13, n. 4, 2017. MIN, M. Should pharmaceutical companies engage in corporate social responsibility? Jour. Manag. Development, v. 36, n. 1, 2017.