Resumo

Título do Artigo

Diversidade à Brasileira: a Influência da Cultura Nacional no Desenvolvimento de Práticas de Inclusão da População LGBT em Multinacionais que Atuam no Brasil
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Palavras Chave

Diversidade nas organizações
cultura organizacional
pessoas LGBT nas organizações

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Simbolismos, Culturas e Identidades Organizacionais

Autores

Nome
1 - Ricardo Goncalves de Sales
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola de Comunicações e Artes
2 - Simone Cristina Dantas Miranda
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola de Comunicações e Artes (ECA/USP)
3 - Maria Aparecida Ferrari
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola de Comunicações e Artes

Reumo

O mundo do trabalho encontra-se em meio a um intenso processo de mudanças. O cenário de grande concorrência, o avanço da tecnologia e o recrudescimento de tensões sociais têm mobilizado as organizações e seus empregados. A fim de se manter sustentáveis, as empresas vêm sendo desafiadas a repensar seus modelos de negócio e se aproximar de pautas emergentes, como, por exemplo, as questões relacionados à diversidade e inclusão. Neste contexto, cresce a importância da cultura organizacional e de que forma essas variável afeta as organizações.
O objetivo deste artigo é verificar, entre multinacionais signatárias de compromissos com a diversidade sexual e de gênero, se as práticas de inclusão trazidas das matrizes estrangeiras são adaptadas ao contexto brasileiro e, também, quais características culturais locais as empresas identificam que favorecem ou dificultam a discussão sobre a presença de pessoas LGBT no cenário organizacional brasileiro.
O artigo se baseia em autores dos campos da cultura organizacional (HOFSTEDE, FLEURY, FISCHER, SCHEIN), cultura brasileira (CALDAS, DAMATTA) e de diversidade nas organizações (ALVES, GALEÃO-SILVA, BARBOSA, COX, TEIXEIRA).
Foi desenvolvida uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, realizada por meio de entrevistas em profundidade, com 18 organizações participantes do Fórum de Empresas e Direitos LGBT.
O estudo revelou que existe a preocupação de adaptar as práticas desenvolvidas no exterior ao contexto nacional. O machismo e os altos índices de violência de motivação LGBTfóbica presentes no país apareceram como dificultadores para este debate, assim como a tendência brasileira a evitar conflitos.
Verificamos que existe a intenção de “tropicalizar” as iniciativas adotadas nas matrizes, considerando padrões culturais brasileiros, e não apenas traduzi-las. O machismo e os altos índices de violência de motivação LGBTfóbica presentes no país apareceram como dificultadores para este debate, assim como a tendência brasileira a evitar conflitos. Por outro lado, a percepção de que vivemos num país “naturalmente diverso” foi apontada pelos entrevistados como um facilitador para o debate sobre diversidade - ainda que, algumas vezes, este raciocínio apareça reforçando ideias equivocadas,
BARBOSA (2010), COX (1994), HOFSTEDE (2001), FISCHER (1992), FLEURY (1992), SCHEIN (1984),