Resumo

Título do Artigo

ECONOMIA DO COMPARTILHAMENTO: Uma revisão sistemática de literatura
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Palavras Chave

economia do compartilhamento
economia colaborativa
revisão sistemática de literatura

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - André Sarmento Spalenza
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - salvador
2 - Francisco Rodolfo Xavier Ramalho
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - Salvador
3 - Tatiana Aparecida Ferreira Doin
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) - ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

Reumo

O presente artigo aborda o fenômeno denominado Economia do compartilhamento (EC), e através de uma revisão de literatura busca compreender os principais conceitos, definições e em qual viés, se mercadológico ou não, esse assunto é estudado. Devido a contemporaneidade do tema, que somente passa a ser publicado de forma sistemática a partir do ano de 2012 (DA SILVEIRA; PETRINI; DOS SANTOS, 2016) há uma dificuldade de delimitação e de conceituação para o fenômeno em questão. Nesse artigo empregou-se as técnicas de pesquisa bibliométrica e a análise sistemática de literatura (ASL) .
O objetivo deste artigo é responder, por intermédio de uma revisão sistemática de literatura, as seguintes perguntas: quais as conceituações adotadas nas pesquisas sobre economia do compartilhamento? Qual a orientação das iniciativas de economia do compartilhamento em relação a lógica mercadológica ou não mercadológica?
Adota-se os conceitos a respeito da Economia Compartilhada (EC). EC é um fenômeno que surgiu a partir da disponibilização de bens ou serviços de forma compartilhada através de redes físicas ou digitais (RIFKIN, 2014). Diversos fatores podem ser apontados como propulsores deste fenômeno como, por exemplo, as crises do capitalismo, uma conscientização acerca da sustentabilidade e os avanços nas tecnologias de informação e comunicação (RIFKIN, 2014). A EC engloba uma série de conceitos e definições diferentes e também é um campo altamente contestado (MARTIN, 2016).
Os resultados foram divididos em dois eixos de análise, em as múltiplas definições da Economia do Compartilhamento vê-se uma ampla gamas de autores e definições, que apontam para direções variadas, porém, alguns autores se repetem com maior frequência, sendo eles: Belk (2014); Botsman; Rogers (2010); Botsman; Rogers (2011); belk (2010); Belk (2007); Schor (2014); Martin (2016). No segundo eixo, denominado a lógica dominante: mercadológica ou não mercadológica? Observa-se um maior número de artigos que investigam a EC pela ótica mercadológica.
A contribuição se constituiu em revelar a forma contraditória como o referencial teórico seminal tem sido abordado por boa parte dos trabalhos que os referenciam. A confusão em relação ao uso do termo, já previsto por Belk (2017), bem como o fato de ser este fenômeno ainda emergente, inclusive na literatura, acaba por provocar urgência por publicações e estudos científicos. Tal urgência parece causar a acentuação da confusão no emprego da expressão “economia do compartilhamento”.
BELK, R. Sharing versus pseudo-sharing in Web 2.0. The Anthropologist, 18:1, p. 7-23, 2017. MARTIN, C. The sharing economy: A pathway to sustainability or a nightmarish form of neoliberal capitalism?. Ecological Economics, v. 121, p. 149-159, 2016. RIFKIN, J. The zero marginal cost society: the zero marginal cost society. 1. ed. New York: Palgrave Mcmillan, 2014. SILVEIRA, L; PETRINI, M; DOS SANTOS. Economia compartilhada e consumo colaborativo: o que estamos pesquisando?. REGE-Revista de Gestão, v. 23, n. 4, p. 298-305, 2016.