Resumo

Título do Artigo

GESTÃO DE PROCESSOS COMO INSTRUMENTO DE CONVERSÃO DO CONHECIMENTO EM DUAS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR EM PERNAMBUCO
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Palavras Chave

Espiral do Conhecimento
Conhecimento Tácito e Conhecimento Explícito
Instituições do Terceiro Setor

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Social e Organizações do Terceiro Setor

Autores

Nome
1 - Lara Régia de Mélo Filho
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO (IFPE) - Igarassu
2 - Ana Regina Bezerra Ribeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - PADR
3 - Natália Lúcia da Silva Pinto
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO (UFRPE) - SEDE

Reumo

O terceiro setor é composto de instituições privadas, não governamentais, sem fins lucrativos, que atendem cidadãos sem acesso a direitos fundamentais (SOUZA, 2011). Dentre os desafios enfrentados por estas instituições estão à adoção de novas ferramentas de gestão, com foco na transparência, avaliação e monitoramento do impacto das atividade e agilidade em captação de recursos (SILVA, COSTA E GÓMEZ, 2011). A gestão de processos é apresentada como instrumento de análise e de melhoria das atividades desenvolvidas nas organizações e uma excelente ferramenta de conversão do conhecimento.
A pergunta-problema desta pesquisa é: como ocorreu a conversão do conhecimento oportunizada pela gestão de processos em duas instituições do terceiro setor em Pernambuco? Assim, esse artigo tem como objetivo demonstrar como ocorreu a interação entre conhecimentos tácito e explícito (espiral do conhecimento) dentro de duas organizações do terceiro setor em Pernambuco, durante a realização do projeto de extensão de Gestão de Processos em Instituições do Terceiro Setor, executado no ano de 2016, na Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE.
Para elaborar a pesquisa foram consideradas as temáticas: instituições do terceiro setor; gestão por processos; gestão do conhecimento e espiral da conversão do conhecimento. Dois conceitos foram básicos para a pesquisa: o do terceiro setor de Souza (2011), como conjunto de instituições privadas, criadas a partir da atuação da sociedade civil, que almejam desenvolvimento de cidadãos através dos serviços prestados; e o modelo de conversão do conhecimento identificado por Nonaka e Takeuchi (1995), criado para demonstrar como ocorre a transformação do conhecimento (espiral do conhecimento).
Utilizando a taxonomia proposta por Vergara (2016), quanto aos fins, a pesquisa é descritiva e intervencionista, pois demonstrou como se deu o processo da conversão do conhecimento resultante da gestão de processos dentro de duas organizações do terceiro setor. Quanto aos meios de investigação, é uma pesquisa-ação e de campo. A coleta de dados foi realizada diretamente por meio de visitas semanais às duas instituições, realização de entrevistas semiestruturadas e observação direta. A análise dos dados foi baseada em desenhos dos processos e aplicação de ferramentas da qualidade.
A gestão de processos foi essencial para auxiliar os colaboradores na reflexão sobre divisão de funções e atividades nas instituições. Durante as etapas do projeto, foi observada o uso da espiral do conhecimento, ou seja, como o conhecimento foi convertido, passando de individual para organizacional, sendo compartilhado, armazenado e distribuído. No processo de conversão do conhecimento, foram observadas as fases de externalização, combinação, internalização e socialização. O movimento de conversão de conhecimento tácito-explícito-tácito é onde ocorre a geração do conhecimento organizacional.
O presente estudo constitui-se em mais um esforço na melhoria das atividades administrativas das organizações do Terceiro Setor. A conversão do conhecimento foi verificada como um benefício da aplicação da gestão de processos em duas ONG´s da Região Metropolitana de Recife. Nas descrição e melhoria dos processos foi possível criar, padronizar e difundir conhecimentos. A utilização da pesquisa-ação, enquanto metodologia, propiciou o processo da conversão do conhecimento, pois buscou a colaboração e interação entre os participantes, em um processo de geração do conhecimento organizacional.
Nonaka, I., & Takeuchi, I. (1995). The knowledge-creating company: how japanese companies create the dynamics of innovation. Oxford University Press. Silva, M. E., Costa, A. C. V.& Gómez, C. P. (2011). Sustentabilidade no Terceiro Setor: o desafio de harmonizar as dimensões da sustentabilidade em uma ONG. REUNA, 16 (3), 75- 92. Souza, P. L. (2011). A implantação da gestão estratégica de pessoas em uma organização do terceiro setor. Uberlândia: Uniminas. Vergara, S. C. (2016). Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas SA.