Resumo

Título do Artigo

O Trabalho Informal como Reflexo da Flexibilidade e de um Precário Mercado de Trabalho: Uma Análise dos Fatores Econômicos que o Influenciam
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Palavras Chave

Sociologia e Economia do Trabalho
Precariedade do Mercado de Trabalho
Trabalho Informal

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - ROSANA OLIVEIRA DA SILVA
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - LAPA
2 - ROBSON GOMES ANDRÉ
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Lapa
3 - Gibran Habib Abi Ghosn
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - LAPA
4 - Roberta Carvalho
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Lapa
5 - Maria Cristina Fogliatti de Sinay
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - programa de posgraduacao em administracao

Reumo

Dados do IBGE (2018) apontam que em 2017 existiam mais trabalhadores informais do que formais. A sociologia e a economia do trabalho, apesar de terem olhares diferentes e divergirem sobre o trabalho informal, também tem convergências, visto entenderem que mudanças na economia mundial também influenciaram negativamente o trabalho, criando estruturas de trabalho flexíveis, mas junto a um precário mercado de trabalho que favorece o desemprego e a informalidade. Assim, este estudo é relevante pois pode subsidiar a criação de políticas públicas que tragam benefícios à economia e aos trabalhadores.
Diante disso, o objetivo do presente artigo é identificar os fatores econômicos que influenciam o trabalho informal no Brasil e modelar esse fenômeno com o uso da regressão linear múltipla. Os fatores econômicos selecionados são as taxas de inflação, do aumento do salário mínimo, do produto interno bruto e do desemprego, como explicativos do trabalho informal (KRENI & PRONI, 2010).
Para Araújo e Sachuk (2007, p. 54), o trabalho sofreu “mudanças radicais”, como “o desaparecimento de empregos permanentes” enovasformas de “organização do trabalho”. A flexibilização do trabalho faz parte desse contexto. Kreni e Proni (2010, p. 23) discorrem que a informalidade avançou graças a ela, aliada ao “ambiente econômico” enfraquecido. Assim, o desemprego cresceu e levou as pessoas ao trabalho informal, considerado precário (ANTUNES, 1999; ULYSSEA, 2006).
Foi utilizada a abordagem quantitativa, baseada na regressão linear múltipla. Empregaram-se dados secundários, extraídos de instituições que divulgam os fatores econômicos analisados nesta pesquisa (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e Portal Global-Rates). Todos estes dados referem-se ao período de 2004 a 2016.As análises foram realizadas por meio do sistema IBM SPSS Statistics 22.
A análise dos resultados obtidos com o emprego do pacote computacional StatisticalPackage for the Social Sciences demonstrou que apenas duas das quatro variáveis independentes inicialmente selecionadas, quais sejam, taxa anual de desemprego e taxa anual de variação do produto interno bruto, são significativas na explicação do fenômeno estudado.
Conclui-se que foi encontrado modelo significativamente adequado de regressão linear múltipla. Tal relação encontrada é importante porque sinaliza para a necessidade de políticas públicas que incentivem o trabalho formal, diminuindo-se o desemprego, para que o número da informalidade não seja tão acentuado. Vale ressaltar que, independente da maneira que a informalidade é tratada (trabalho informal, economia informal ou subterrânea ou setor informal), todas estão relacionadas – em algum grau–à precariedade.
IBGE. PNAD Contínua. 2018. Disponível em: . Acesso em: 05 mar. 2018. ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaios sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 6. ed. São Paulo: Cortez; Campinas, 1999. ARAÚJO, R. R. D., & SACHUK, M. I. Os sentidos do trabalho e suas implicações na formação dos indivíduos inseridos nas organizações contemporâneas. REGE, v. 14, n. 1, p. 53, 2007. KREIN, J. D., & PRONI, M. W. Economia informal: aspectos conceituais e teóricos. Relatório OIT, 2010. ULYSSEA, G. Revista de Economia Política, v. 26, nº 4 (104), 2006.