Resumo

Título do Artigo

GESTÃO DO CONHECIMENTO NO SETOR DE VITIVINICULTURA: Uma Comparação entre o Brasil, o Chile e a Argentina
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Palavras Chave

Gestão do Conhecimento
Vitivinicultura
Conhecimento

Área

Gestão da Inovação

Tema

Gestão do Conhecimento, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Autores

Nome
1 - Camila Cabrera Gomes
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais- PPGDTSA
2 - Alisson Eduardo Maehler
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS (UFPEL) - Departamento de Administração

Reumo

As organizações estão constantemente em busca de vantagem competitiva frente a seus concorrentes. O desenvolvimento das capacidades ligadas à gestão do conhecimento podem contribuir para o desempenho organizacional (GOLD; MALHOTRA; SEGARS, 2001). Considerando o setor vitivinícola da Argentina, Chile e Campanha Gaúcha possuem uma trajetória de conhecimento vitivinícola e estão em constante crescimento (IBRAVIN, 2017). É relevante buscar saber mais detalhadamente sobre o processo de criação e disseminação do conhecimento nas vinícolas destas regiões.
O estudo comparativo entre os países servirá para mostrar se há e quais são as distinções nos processos, dos locais de estudo. A partir de então surgem as questões: Como será a criação e disseminação do conhecimento no setor vitivinícola? Quais os fatores que impactam em tal processo? Com isso, a presente pesquisa tem por objetivo analisar o processo de geração e disseminação do conhecimento comparativamente em vinícolas da região da Campanha do Rio Grande do Sul no Brasil, vinícolas chilenas e argentinas.
As organizações precisam não apenas processar as informações recebidas de forma eficiente, mas também criar as informações e o conhecimento (NONAKA, 1994). O modelo Seci criado por Nonaka e Takeushi (1997) se dá de forma espiral, do conhecimento tácito de um indivíduo para o conhecimento tácito de outro, através da observação e imitação. Do conhecimento explícito para o explícito, por meio de combinações de conhecimento. Do conhecimento tácito para o conhecimento explícito chamado de externalização e do conhecimento explícito para o conhecimento tácito chamado de internalização.
A metodologia a ser utilizada nesta pesquisa utiliza a abordagem qualitativa. Este estudo tem como objeto múltiplos estudos de caso, buscando fazer uma análise comparativa entre países. Realizou-se um levantamento bibliográfico em fontes secundárias como livros, sites, revistas, artigos científicos e sites sobre o tema. Foram realizadas 10 (dez) entrevistas com responsáveis, gerentes, enólogos, sommeliers e especialistas sobre o tema em questão, dos países Argentina, Brasil e Chile. Estas foram gravadas e transcritas para realização da análise de dados.
Analisou-se o processo de geração e disseminação do conhecimento de cada país. Nas vinícolas chilenas pode-se perceber que desde o início o conhecimento foi adquirido de forma explícita. Nas vinícolas argentinas o conhecimento inicial era passado de forma tácita pela família. Já nas vinícolas do Brasil combinam o conhecimento tácito de outras cultivares com o conhecimento explícito que vêm adquirindo através de qualificação.
Conclui-se, assim, que o conhecimento age como fonte de inovação, criação de estratégias e vantagem competitiva. Sendo a gestão deste conhecimento fundamental para disseminar de forma clara e assertiva o conhecimento por toda a organização.
GOLD, A. H.; MALHOTRA, A.; SEGARS, A. H. Knowledge management: an organizational capabilities perspective. Journal of Management Information Systems, [S.l.], v. 18, n. 1, p. 185-214, 2001. IBRAVIN - Instituto Brasileiro do Vinho - Importações brasileiras de vinhos e espumantes: comparativo 2006-2017. NONAKA, I. A dynamic theory of organizational learning creation. Organizational Science, v. 05, n. 01, p. 14-37, 1994. NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa: como as empresas japonesas geram a dinâmica. Rio de Janeiro: Campus, 1997.