Resumo

Título do Artigo

Origens, diferenças e similaridades da Teoria dos Custos de Transação e da Perspectiva de Rede do IMP Group, e contribuições para a compreensão dos relacionamentos interorganizacionais industriais.
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Palavras Chave

Relações interorganizacionais
Teoria dos Custos de Transação
Teoria de Redes IMP-Group

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva Baseada na Organização Industrial

Autores

Nome
1 - Adriano Roberto de Queiroz Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI (UFVJM) - TEÓFILO OTONI/MG

Reumo

O ambiente organizacional por meio de mudanças tecnológicas vem transformando intensamente as relações interorganizacionais. Diante disso, as relações interorganizacionais foram embasadas em teorias que tentaram explicar a dinâmica organizacional do funcionamento das relações entre compradores e vendedores. Dentre essas teorias, numa abordagem econômica, tem-se a Teoria dos custos de Transação. Em outra abordagem econômica e social tem-se a Teoria de Redes IMP-Group. A compreensão sobre as contribuições dessas teorias, uma vez que são complementares, e não excludentes.
Considerando a relevância da TCT e a Teoria de Redes IMP-Group para tentar compreender à dinâmica relação entre compradores e vendedores esse trabalho busca responder o seguinte: Quais as origens, diferenças e similaridades da “TCT” e da “Perspectiva de Rede do IMP Group”, assim como as contribuições das mesmas para a compreensão dos relacionamentos interorganizacionais industriais? Desta forma o objetivo geral pauta-se em descrever as origens, diferenças e similaridades da TCT e da Teoria de Rede do IMP Group, bem como analisar as suas contribuições para compreender os IOR’s.
Para Coase (1937) os custos de transação são os custos decorrentes de valer-se do mercado para concluir parte da produção, justificando com isso a existência de empresas. Williamson (1985) analisa custos de transação quando há a mudança entre diferentes atividades econômicas no processo produtivo, pela divisão de trabalho. Para Powell (1990) as redes são construções sociais reproduzidas e alteradas como resultado da ação dos atores que as constituem, enquanto que no custo das transações, a natureza das relações é econômica.
Williamson (1985) ressalta que a TCT considera as transações realizadas entre os agentes econômicos como a unidade básica de análise, estruturando-se por meio de contratos. Corroborando com o autor, Coase (1937) enfatiza que a TCT preconiza a existência do oportunismo para a potencial captura de valor do relacionamento. Contrapondo Williamson, Powell (1990) afirma que embora os controles econômicos estejam presentes, o controle social é crucial para a formação da firma. A questão explorada no trabalho é como o controle social, em oposição a contratos governa essas relações.
Apesar das contribuições da TCT para o desenvolvimento das relações interorganizacionais, as limitações da abordagem econômica sobre a dinâmica dessas relações serviram como um “pano de fundo” para que a Teoria de Redes do IMP-Group compreendesse tais limitações. A TCT pode ser considerada como transição entre a economia clássica e as novas configurações de organizações em rede, sendo uma possível explicação para a origem das redes. Portanto, embora tenham diferenças e similaridades, elas possuem características complementares e não excludentes que contribuem para compreender essas relações.
COASE, R. H. The nature of the firm. Economica, nov, 1937 FORD, D., & Håkansson, H. (2006). IMP–some things achieved: much more to do. European Journal of Marketing, 40(3/4), 248-258 POWELL, W. W. Neither Market nor Hierarchy: Networks Forms of Organization. Research in Organizational Behavior, v.12, p. 295-336, 1990 WILLIAMSON, O. E. The Modern Corporation: Origins, Evolution, Attributes. Journal of Economic Literature, v. 19, p. 1537–1568. 1981