Resumo

Título do Artigo

Dispêndios estaduais públicos em Ciência e Tecnologia e o impacto no número de inovações nas empresas privadas locais
Abrir Arquivo

Palavras Chave

Inovação
Planos Plurianuais
Dispêndios Públicos

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - Clara Suzana Cardoso Braga
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC - PPAC
2 - Serafim Firmo de Souza Ferraz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade FEAAC

Reumo

Dada a importância da inovação no desenvolvimento econômico, empreender estudos que possibilitem identificar os mecanismos que levam alguns países a se destacarem em termos de inovação, torna-se relevante a fim de se estabelecer um SNI eficiente. Os governos podem traçar estratégias de desenvolvimento econômico, baseadas em incentivos a inovação, caso esta seja a pauta do governo em exercício. O Plano Plurianual - PPA representa as estratégias e dispêndios que serão adotados pelo governo, em seu mandato de 4 anos, para atender as promessas de campanha e consequentemente objetivos político.
Questão: Estados que realizam maiores dispêndios em ações de Ciência e Tecnologia com relação ao montante total do orçamento registraram um maior número de inovações entre as empresas locais em relação aos demais estados brasileiros? Objetivo: identificar se os dispêndios estaduais públicos em Programas e Ações de CT&I dos Governos Estaduais impactaram número de inovações das empresas do Estado.
Segundo Reis (2008) há duas possibilidades de interpretação sobre a relação entre investimento público e privado: a existência de complementaridade (crowding in) ou substituição (crowding out). Embora os dois fenômenos possam ocorrer simultaneamente, defende-se que em geral o investimento público e o privado guardam uma relação de complementaridade, não necessariamente linear e proporcional. Destaca ainda que o papel da política industrial seria, então, coordenar as mudanças, encorajar as experiências que geram inovações e novos investimentos e preservar a diversidade das fontes de inovação.
Dados secundários: IBGE – PINTEC, de 2000, 2003, 2005, 2008, 2011; valores de dispêndio em CT&I e P&D disponibilizados no site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação; Planos Plurianuais 2004-2011 dos Estados Amostra: 27 UF (Estados E DF) Anova para Medidas Repetidas: Comparação dos Dispêndios e Número de Inovações Dados em painel: Analisar relação entre os Dispêndios e Número de Inovações Análise de Conteúdo: Análise dos programas e ações do PPA dos Estados com maior e menor número de inovações.
Os resultados da análise dos dados em painel permitem rejeitar a hipótese de que os dispêndios estaduais em atividades de ciência e tecnologia estimularam as inovações nas empresas (valor p=0,7964) O Amazonas é aquele que possui maior número de inovações entre os estados pesquisados e os estados de Mato Grosso e Pará que apresentaram menor número de inovações. O Estado do Amazonas, apresentou consistência e continuidade nas ações e programas de CT&I durante todo o período pesquisado.
A partir dos resultados da pesquisa, realizados pelo método de análise de dados em painel, é possível afirmar que não há relação entre os dispêndios estaduais em Ciência e Tecnologia e em Pesquisa e Desenvolvimento e o número de inovações efetivamente realizadas pelas empresas dos Estados pesquisados. O Amazonas desde 2004 possui uma política com ações consistentes e integradas, visando o estimulo as inovações em contexto estadual, em contraponto, o Pará, este fato leva a concluir que o estímulo a inovação se dá pela eficiência das estratégias de governo não, pelo volume de recurso realizado.
CARVALHO, M.M. (2009) Inovação: estratégias e comunidades de conhecimento. São Paulo: Atlas. FREEMAN, C., SOETE, L.(2008) A economia da inovação industrial. Campinas, SP: Editora da UNICAMP. REIS, C. B. (2008) INVESTIMENTO PÚBLICO e DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: análise aplicada ao Brasil entre 1950 e 2006, com base em uma perspectiva teórica keynesiana e estruturalista. OIKOS (Rio de Janeiro), v. 7, n. 2. RODRIGUES, R. V; TEIXEIRA, E. C. (2010) Gasto público e crescimento econômico no Brasil: uma análise comparativa dos gastos das esferas de governo. Revista Brasileira de Economia, v. 64, n. 4