Resumo

Título do Artigo

GOVERNANÇA CORPORATIVA E O IMPACTO DO COSO (2013) NAS EMPRESAS LISTADAS NO NOVO MERCADO
Abrir Arquivo

Palavras Chave

COSO
Controle interno
Gestão de riscos

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - Fábio Rossellini
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Pinheiros
2 - Anderson Douglas Teixeira
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Pinheiros
3 - Juliano Rodrigues Silva
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - São Paulo

Reumo

A criação de um conselho de administração e fiscal têm se mostrado cada vez mais inseridos pelas empresas como forma de melhoria das atividades de controle interno e gerenciamento de risco. Áreas como auditoria interna e gestão de riscos tornam-se essenciais para grande parte das empresas, inclusive quando listadas em diferentes níveis segmentos de governança corporativa na B3, como os de Nível 1, Nível 2 e Novo Mercado.
Esse artigo tem por objetivo identificar os elementos evidenciados de controle interno dos componentes do COSO (2013) nos relatórios da administração das empresas brasileiras listadas no segmento Novo Mercado da B3 (antiga BM&FBovespa). Aliado à prática de Governança Corporativa, não se pode deixar de observar características essenciais das atividades de controle interno na gestão de riscos nas empresas.
Quintas, Spessatto e Fernandes (2008) dizem que a política de gestão de riscos assumi novas proporções nas empresas devido a escândalos recentes oriundos de fraudes e superfaturamentos que levaram algumas empresas do cenário internacional e nacional a um declínio no mercado financeiro. Nos últimos anos, intensificou-se o foco e a preocupação com o gerenciamento de riscos, e tornou-se cada vez mais clara a necessidade de uma estratégia sólida, capaz de identificar, avaliar e administrar riscos.
A pesquisa foi realizada de forma descritiva, com abordagem quantitativa e compreendeu uma amostra de 135 empresas em que se buscam informações nos relatórios da administração e em formulários de referência, ambos relatórios contábeis, em que o primeiro é parte constante do Demonstrativo Financeiro Padrão (DFP) das empresas pesquisadas e constroem-se tabelas para empregar análises quantitativa que visam responder à questão de pesquisa. A amostra do estudo compreende as empresas listadas no segmento Novo Mercado da B3.
Os resultados da pesquisa mostram que apenas 3 empresas listadas no segmento mais rígido da B3 preenchem todos os quesitos necessários de mensuração das dimensões do COSO (2013). Atividades de controle e avaliação de riscos foram os elementos mais evidenciados da pesquisa. Os setores da B3 que mais se destacaram foram bens industriais (21 empresas), consumo não cíclico (14 empresas) e saúde (9 empresas).
As empresas listadas não evidenciam as informações de atividades de controles e gestão de riscos de forma padronizada conforme recomendações COSO (2013). Isso representa, em nosso entendimento, um número extremamente baixo para os padrões do segmento Novo Mercado da B3. Em 68,9% das empresas não atingiram sequer 50 pontos do score. Em um mundo globalizado, onde cada vez mais a mitigação, gestão e controle de riscos vem ganhando cada vez mais destaque mundial, as empresas brasileiras ainda estão em um estágio embrionário de desenvolvimento de práticas de controle interno e gestão de risco.
BEUREN, I. M.; ZONATTO, V. C. S. Evidenciação da gestão de riscos do COSO (2004) nos relatórios de administração de empresas com ADR’s. Brasília. 2009. DANTAS, J. A.; RODRIGUES, F. F.; MARCELINO, G. F.; LUSTOSA, P. R. B. Custo-benefício do controle: proposta de um método para avaliação com base no COSO. Brasília. 2010. ZONATTO, V. C. da S.; BEUREN, I. M. Evidenciação da gestão de riscos do coso (2004) nos relatórios de administração de empresas com ADR’s. Contabilidade, Gestão e Governança, v. 12, n. 3, p. 38–54, set. 2009.