Resumo

Título do Artigo

VALORAÇÃO ECONÔMICA DA PRAÇA MARTINS DOURADO PELO MÉTODO DE VALORAÇÃO CONTINGENTE
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Palavras Chave

Valoração econômica
Método de valoração contingente
Disposição a pagar

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Gestão Ambiental

Autores

Nome
1 - Lanna Beatriz Silveira Braz
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado - Feaacs
2 - Jackeline Lucas Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
3 - Ivaneide Ferreira Farias
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
4 - Alessandra Carvalho de Vasconcelos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
5 - Liliane Maria Ramalho de Castro e Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Departamento de Contabilidade

Reumo

Os recursos ambientais exercem influência significativa na qualidade de vida do ser humano e podem ser traduzidos em termos monetários através dos métodos de valoração ambiental. As praças, componentes do espaço urbano, possuem as características de bens ambientais definidas no art. 255 da Constituição Federal de 1988, são espaços de lazer e proporcionam uma melhor qualidade de vida aos seus usuários. Nesse contexto, é importante mantê-las conservadas.
O presente artigo se propõe a responder a seguinte questão: Qual o valor econômico da praça Martins Dourado pela aplicação do método de valoração contingente (MVC)? O objetivo geral do estudo consiste em mensurar o valor econômico da praça Martins Dourado pelo método de valoração contingente (MVC), tendo como objetivos específicos: i) traçar o perfil dos respondentes da pesquisa; (ii) investigar a associação entre as variáveis do estudo e a disposição a pagar pela conservação e manutenção da praça; e iii) verificar a disposição a pagar dos participantes.
Os métodos de valoração ambiental captam e atribuem valores aos recursos do meio ambiente. Dentre os métodos de valoração, o de valoração contingente (MVC) baseia-se em mercados hipotéticos para valorar bens e é o mais utilizado, pois pode ser aplicado em uma análise mais ampla de bens ambientais. A operacionalização do MVC ocorre por meio da aplicação de questionários com o objetivo de captar, em termos monetários, a disposição a pagar (DAP), para garantir um benefício, ou a disposição a aceitar (DAC), para incorrer em um malefício.
O estudo trata-se de uma pesquisa exploratória, de natureza quantitativa e realizada por meio de levantamento (survey). No total, a amostra englobou 148 usuários da praça, cujos os questionários foram aplicados durante o mês de junho de 2017. Para investigar a associação entre as variáveis socioeconômicas e a DAP aplicou-se a análise de correspondência múltipla, para tanto utilizou-se o aplicativo Statistical Package for the Social Sciences 22.0 (SPSS). Além disso, o teste logit, estimado através do Stata v 14. analisou as probabilidade do respondente apresentar ou não DAP.
O valor da DAP mensal e individual dos usuários da praça foi de R$25,08 e o valor anual total atribuído ao recurso foi de R$3.981.700,80. A maioria dos respondentes foram homens, na faixa etária de 21 a 35 anos, com pós-graduação, residentes no bairro Cocó, com renda média acima de R$5.622,02, e que visitavam a praça devido aos benefícios ofertados por sua área. Verificou-se associação entre a DAP e as variáveis rendas e escolaridade. Além disto, constatou-se que variáveis como gênero, idade, utilidade 1, utilidade 4 e faixas de rendas influenciam a probabilidade de o indivíduo apresentar DAP.
Os dados encontrados demonstram que os respondentes preocupam-se em manter a praça Martins Dourado conservada e, para tanto, estariam dispostos a pagar. O valor de contribuição obtido poderá ser utilizado como forma de melhorar a gestão financeira e os serviços ofertados pelo bem, através de uma parceria entre sociedade e governo. O presente estudo poderá ser replicado as demais praças, em Fortaleza, para incentivar a contribuição da sociedade na manutenção desses bens. Recomenda-se que as amostras de estudos posteriores englobem não usuários, a fim de captar os valores de opção e de não-uso.
CARVALHO P. S. A.; FONSECA, M.B.; PAIXÃO, A. N. Pagamento por serviços ambientais: um exercício de valoração do Parque Cabo Branco. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO, XIX, 2016. Anais... Seminários em Administração, São Paulo, 2016. MOTTA, R. S. da. Manual para Valoração Econômica dos Recursos Ambientais. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 1998. SILVEIRA, V. C.; CIRINO, J. F.; PRADO FILHO, J. F. do. Valoração econômica da área de proteção ambiental estadual da Cachoeira das Andorinhas-MG. Revista Árvore, v. 37, n. 2, p. 257-266, 2013.