Resumo

Título do Artigo

TRABALHO DOCENTE E A INFLUÊNCIA DE FORÇAS COERCITIVAS: ESTUDO EM UMA UNIVERSIDADE PRIVADA
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Palavras Chave

Trabalho docente
Forças coercitivas
Teoria institucional

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - Carla Maria Holanda de Lima Façanha
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - CCG
2 - monica mota tassigny
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/UNIFOR)
3 - Marcos Antonio Martins Lima
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Faculdade de Educação (FACED)
4 - Fabiana Pinto de Almeida Bizarria
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

Inúmeras são as influências que emergem no ambiente das IES e que exercem pressões diretas no trabalho do docente. para entender o funcionamento dessas influências que se configuram como forças coercitivas, a teoria institucional visa explicar como as organizações se adaptam a sua estrutura e cultura, para enfrentar valores socialmente estabelecidos pelo ambiente externo e interno, (MEYER; ROWAN, 1991; PECI, 2007)Entender como essas forças coercitivas são percebidas, sob a ótica da teoria institucional, mostra-se relevante, pois estudos sobre a teoria institucional, como base para entendimento
Entender como essas forças coercitivas são percebidas, sob a ótica da teoria institucional, mostra-se relevante, pois estudos sobre a teoria institucional, como base para entendimento do fenômeno das IES existem, mas estão relacionados apenas a adaptação estratégica e análise de mercado (FERRO; GONÇALVES, 2010). Diante dessa lacuna, a pesquisa visa a responder o seguinte questionamento: como as forças coercitivas exercem influências no trabalho docente em IES privada? Assim, o objetivo é identificar e descrever como as forças coercitivas exercem influência sobre o trabalho docente.
A teoria institucional, nos últimos anos, recebeu algumas mudanças que têm tido reflexo nas ciências sociais. Essas mudanças são vistas como uma orientação teórica (DIMAGGIO; POWELL, 1991). Para entendimento do campo institucional das universidades, como fator coercitivo, podemos destacar que as IES brasileira, sofreram ao longo dos anos, influência em sua dinâmica de estruturação. Assim, o aspecto coercitivo é uma força que atua, por meio de um domínio de recursos de diversos tipos, envolvendo os órgãos reguladores, mercado e cliente (CARVALHO; VIEIRA; SILVA, 2012).
Esta pesquisa foi registrada na Plataforma Brasil sob o parecer n. 1706.456, em atenção à Resolução CNS/MS 466/12 e diretrizes. Caracteriza-se, como abordagem qualitativa explicativa, como base Godoy (2005), pois o estudo visa analisar e explicar como as forças coercitivas, presentes nos órgãos reguladores, mercado e cliente influenciam o trabalho docente universitário. Como coleta de dados foi utilizada as técnicas de grupo focal e entrevistas. Para tratamento dos dados, foram adotados, o método de análise de conteúdo (BARDIN 2012), tendo o auxilio do software ATLAS TI.
De acordo com os resultados, foi destacado uma percepção diferenciada entre as duas amostras realizadas, sobre as influências das forças coercitivas no trabalho docente. Os docentes, apresentou uma visão de forma mais negativa, enquanto os coordenadores dos cursos, foi destacado, percepções mais positivas. Mesmo com as percepções antagônicas, as unidades de registros da maioria das categorias permaneceram as mesmas, apenas as categorias das forças dos órgãos reguladores mostraram-se diferente, pois estas, além das percepções distintas, tiveram entendimentos diferenciados sobre as influências.
Assim, a teoria institucional permite explicar como as organizações se adaptam a sua estrutura e cultura, para enfrentar valores socialmente estabelecidos pelo ambiente externo e interno, tendo seu foco voltado para a institucionalização dos controles normativos, como padrões de crenças, valores e normas. Pode-se destacar como forças coercitivas exercem influência direta no trabalho do docente, envolvendo tanto o processo de ensino, como o de aprendizagem dentro do ambiente institucional de ensino superior.
CARVALHO, C. A.; VIEIRA, M. F. V.; SILVA , S. M.G. A Trajetória Conservatória e Conservadora da Teoria Institucional. Gestão.Org, v. 10, n. esp., p. 469-496, dez. 2012. DiMAGGIO, P.; POWELL, W. The new institutionalism in organizational analysis. Chicago: The University of Chicago Pres., 1991. FERRO, V. R.; GONÇALVES, S. A Ambiente Organizacional e institucional: A emergência do Mercado do Ensino Superior Brasileiro no período de 1970 a 2007. Perspec. Contemp., Campo Mourão, p. 85-120, out. 2010. Ed. especial.