Resumo

Título do Artigo

EFEITO DO EXCESSO DE CONFIANÇA E OTIMISMO NA SUAVIZAÇÃO DE RESULTADOS NAS EMPRESAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA
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Palavras Chave

Excesso de confiança
Otimismo
Suavização de resultados

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Joyce Menezes da Fonseca Tonin
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Ciências Contábeis
2 - Allan Marcelo de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - CAMPUS BOTANICO
3 - RODRIGO OLIVEIRA SOARES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Programa de Pós-Graduação em Contabilidade
4 - José Roberto Frega
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

Na ótica de fatores comportamentais sobre as decisões econômicas, o otimismo e o excesso de confiança do CEO são aspectos das finanças comportamentais. Estudos empíricos confirmam que o excesso de confiança e otimismo são atributos relativamente comuns nos gestores e esses vieses cognitivos afetam suas decisões econômicas reais. Ao analisar atributos dos tomadores de decisão nas empresas em relação ao efeito desses vieses é possível que os mesmos manipulem os resultados da companhia.
Os gestores tomam decisões contábeis que são relevantes ao mercado e podem transformar o valor da empresa. E os CEOs excessivamente confiantes tendem a superestimar a eficácia dos investimentos da empresa, pode-se esperar que, se eles não conseguirem atingir o lucro e a eficiência desejada, iriam manipular e suavizar o lucro da empresa. Neste contexto, o presente estudo objetiva aferir o efeito do excesso de confiança e otimismo na suavização de resultados nas empresas listadas na BM&FBOVESPA.
Estudos empíricos buscam relações entre as variáveis do excesso de confiança e suavização dos resultados. Para Bergestresser e Philippon (2006) os CEOs são incentivados a se envolver com manipulação de resultados. Segundo Kermani, Kargar e Zarei (2014) uma vez que os gestores excessivamente confiantes tendem a superestimar a eficácia dos investimentos da empresa, pode-se esperar que, se eles não conseguirem atingir o lucro e a eficiência desejada, iriam manipular e suavizar o lucro da empresa.
Para a variável independente, que refere-se aos vieses de excesso de confiança e otimismo, utilizou-se o modelo de Kermani, Kargar e Zarei, (2014) e para a suavização de resultados, que é a variável dependente, utilizou-se o modelo do Eckel (1981) e variáveis de controle: Alavancagem, Retorno sobre ativos e Tamanho. Amostra é composta por 197 empresas listadas na BM&FBOVESPA. Os dados foram coletados no Bloomberg e análise dos dados e construção dos resultados utilizou os softwares STATA e SPSS.
Análise usou-se o modelo pooled OLS e as variáveis de excesso de confiança e de controle explicam 2,75% da suavização de resultados. A amostra de 197 companhias de 2010 à 2015. Os resultados desta pesquisa apontam que ALAV tem efeito negativo, e ROA efeitos positivo sobre suavização de resultados, e TAM da empresa não foi estatisticamente significativa. Os resultados da pesquisa indicam que empresas com CEOs com excesso de confiança a há uma relação negativa com a suavização de resultados.
Os achados da pesquisa sugerem que os vieses de excesso de confiança e otimismo dos CEOs têm relação negativa com a suavização de resultados, concluindo assim que existe uma relação desses vieses com as informações financeiras apresentadas ao mercado e que os CEOs estão incentivados a gerenciar os resultados. As empresas brasileiras que suavizam mais apresentam indícios de maior ROA, e menor ALAV e excesso de confiança e otimismo, fato que apresenta o Brasil contrário à estudos internacionais.
ECKEL, N. The income smoothing hypothesis revisited. Abacus, 17(1), 28-40, 1981. KERMANI, E.; KARGAR, E. F.; ZAREI, E. The Effect of Managerial Overconfidence on Profit Smoothing Evidence from Tehran Stock Exchange.Research Journal of Finance and Accounting, 5(9), 111-118, 2014. BOUWMAN, C. H. Managerial optimism and earnings smoothing. Journal of Banking & Finance, 41, 2014. MALMENDIER, U.; TATE, G. CEO overconfidence and corporate investment. The journal of finance, 60(6), 2005.