Resumo

Título do Artigo

A PRESENÇA FEMININA NOS CARGOS DE CEO E CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DAS COMPANHIAS BRASILEIRAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA SOB ASPECTO DA COMPOSIÇÃO ATUAL DO ALTO ESCALÃO
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Palavras Chave

Presença feminina
CEO
Conselho de Administração

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Genero, Diversidade e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Joyce Menezes da Fonseca Tonin
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Ciências Contábeis
2 - Allan Marcelo de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - CAMPUS BOTANICO
3 - Jorge Eduardo Scarpin
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) - Ppgcont

Reumo

A busca das mulheres por reconhecimento no mercado de trabalho é uma questão que vêm sendo discutida ao um longo período, sendo que recentemente as pesquisas tem como foco a participação das mulheres em cargos de gestão. Para Perryman et al. (2015), apesar da melhora nas tendências globais do emprego das mulheres, elas ainda continuam sub-representadas como gestores de topo e Chief Executive Officer (CEO).
Em 2013 a revista de Relação com Investidores trouxe uma matéria sobre a participação feminina em cargos de alto escalão se há a necessidade de ter cotas para mulheres (ABREU, 2013). Dado que a presença de mulheres como CEOs e nos conselhos e cargos de representatividade dentro das empresas ainda é pouco discutido no Brasil. O presente estudo objetiva analisar a presença do gênero feminino tem aumentando após sobre cotas nas respectivas empresas listadas na BM&FBovespa, nos anos de 2010 a 2014.
Alguns estudos em finanças corporativas relacionam gênero com desempenho, remuneração e aversão ao risco, sendo que o gênero tem apresentado diferenças no alto escalão e nos conselhos de administração. O alto escalão influencia a tomada de decisão das companhias, a atuação das mulheres tem sido estudada por meio de abordagem de gênero. Para Krishnan; Parsons (2008) as empresas que apresentam diversidade de gênero em cargos de gerência estão associadas com rendimentos mais elevados.
O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa exploratória e, quanto à abordagem do problema, é quantitativo. A população da pesquisa engloba companhias que negociaram suas ações na BM&FBOVESPA no período de 2010 à 2014, a amostra final foi de 140 empresas. Os dados foram extraídos por meio do repositório Bloomberg®. No que tange a técnica estatística, optou-se pela regressão linear múltipla. Assim, para o tratamento dos dados e construção dos resultados foi utilizado o software STATA®.
Analisando as estatísticas descritivas, verifica-se que há uma grande variabilidade dos dados. No comparativo entre as médias observadas para as empresas com e sem a presença feminina na diretoria. Por fim, o maior diferencial entre as empresas com ou sem a presença feminina ocorre na variável ROA, em que, nas empresas com presença feminina o ROA em termos médios é maior e positivo. Esse resultado colabora com os achados de pesquisas nacionais e internacionais.
Dentre os resultados do presente estudo, cabe destacar que a relação positiva entre ROA e presença feminina verificada na literatura recente também foi encontrada neste estudo. Outra constatação importante é de que, quando a empresa opta por ampliar o quadro de diretores não funcionários, há certa aversão para contratação do gênero feminino. Como limitação do presente estudo, a dificuldade principal foi à indisponibilidade dos dados, podendo utilizar outro tipo de arcabouço metodológico.
CAMPBELL, K.; MÍNGUEZ-VERA, A. Gender diversity in the boardroom and firm financial performance. Journal of Business Ethics, v. 83, n. 3, p. 435–451, 2008. ERHARDT, N. L.; WERBEL, J. D.; SHRADER, C. B. Board of director diversity and firm financial performance. Corporate Governance, v. 11, n. 2, p. 102–111, 2003. KHAN, W. A.; VIEITO, J. P. Ceo gender and firm performance. Journal of Economics and Business, v. 67, p. 55–66, 2013.