Resumo

Título do Artigo

A INFLUÊNCIA DA COOPERAÇÃO E DA COMPETIÇÃO NA COOPETIÇÃO: Um Estudo nos Clusters Varejistas da Cidade de São Paulo
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Palavras Chave

Coopetição
Cooperação
Competição

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Cluster e Redes de Negócios

Autores

Nome
1 - Rosângela Sarmento Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ (UNIFESSPA) - Instituto de Ciências Sociais Aplicada-ICSA
2 - Denis Donaire
UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - Stricto Sensu
4 - Marcos Antonio Gaspar
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Programa de Pós-graduação em Informática e Gestão do Conhecimento

Reumo

A coopetição tem sido abordada como uma ferramenta que supre as deficiências estratégicas de arranjos organizacionais, incluindo-se o desenvolvimento de estratégias com relacionamentos coopetitivos, que compartilham os efeitos positivos e negativos ao competir e cooperar simultaneamente (BENGTSSON; KOCK, 1999, 2000; LEÃO, 2005). Apesar da intensa pesquisa sobre clusters nas empresas manufatureiras, poucos estudos têm focado a concentração geográfica de varejo.
Há pouca clareza conceitual acerca do fenômeno da coopetição entre empresas, bem como há insuficiência de fundamentação teórica nos estudos sobre coopetição em concentrações geográficas de comércio varejista. Nesta pesquisa busca-se compreender a influência da cooperação e da competição na coopetição existente em clusters comerciais varejistas planejados e não planejados, tendo por base teórica os fundamentos expressos pela teoria de coopetição.
Brandenburger e Nalebuff (1996) argumentam que a coopetição emergiu da existência da competição e da cooperação operando de forma simultânea. No entendimento dos autores, empresas concorrentes se completam quando é possível cooperar, o que resulta em forças competitivas para enfrentarem as exigências das mudanças rápidas do mercado. Além dessa conceituação, surgiram outros termos a serem considerados, tais como: vantagem coopetitiva e estratégia de coopetição.
Esta é uma pesquisa exploratória quantitativa, na qual foram utilizadas técnicas de análise fatorial exploratória e modelagem de equações estruturais (MEE) com aplicação do método de estimação dos mínimos quadrados parciais (PLS-PM) para o tratamento dos dados coletados. A pesquisa de campo foi realizada por meio de uma survey com 535 empresas pertencentes aos clusters varejistas planejados e não planejados de móveis e automóveis do município de São Paulo (SP).
Os resultados indicaram a coerência do modelo exploratório proposto e a confirmação da relação dos construtos cooperação e competição na coopetição observada, sendo que a cooperação apresentou maior influência na coopetição, diferentemente da competição, que apresentou menor influência. Os resultados confirmam a hipótese formulada nesta pesquisa ao afirmar que a influência da competição é menor do que a influência da cooperação na coopetição.
Embora a cooperação tenha maior influência na coopetição, a competição também ocorre. Isso é benéfico para as empresas envolvidas em clusters, pois a cooperação-competição leva ao maior desenvolvimento tecnológico e de conhecimento das empresas insertas na aglomeração, propiciando ainda maior crescimento econômico de mercado, tanto em situações atípicas, quanto em situações de conforto, comparativamente ao que não seria possível com a competição ou cooperação ocorrendo de forma isolada.
BENGTSSON, M.; KOCK, S. Cooperation and competition in relationships between competitors in business networks. Journal of Business & Industrial Marketing, v. 14, n. 13, p. 178-93, 1999. BRANDENBURGER, A.M.; NALEBUFF, B. J. Co-opetition. New York: Doubleday, 1996. LEÃO, D. A. F. S. Coopetição: tipologia e impactos no desempenho das empresas da indústria cachaça de alambique do Estado de Minas. In: ENANPAD, XXIV, 2005, Brasília. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2005, p. 1-15.