Resumo

Título do Artigo

A Utilização de Fontes Externas de Conhecimento ao Longo do Processo de Inovação de MPEs do Setor Médico-Hospitalar-Odontológico
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Palavras Chave

Inovação
Fontes de Conhecimento Externo
MPEs

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Cooperação Tecnológica e Inovação Aberta

Autores

Nome
1 - Mauricio Henrique Benedetti
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienópolis
2 - Giuliana De Ferrari
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienopolis
3 - Angelica Rosa Paz
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - São Paulo
4 - Lais Santos Parolo
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - São Paulo
5 - JULIANA SEGANTIN
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - Higienopolis

Reumo

A utilização da inovação aberta pode oferecer novas oportunidades competitivas para as empresas que não se limitam às suas competências internas para inovar. Todavia, o processo de inovação exige gestão, com combinação e utilização de recursos e competências de maneira eficaz para obter melhores resultados com suas inovações. Sabendo dessa necessidade de uma gestão eficaz para a inovação, o que motivou esse artigo foi o fato de MPEs, via de regra, ainda sofrerem de falta capacidade gerencial.
Problema de pesquisa: como os gestores de MPEs utilizam fontes externas ao longo do processo de inovação? O objetivo geral: verificar a participação de fontes externas de conhecimento durante um projeto de inovação de MPEs do setor médico-hospitalar-odontológico. Objetivos específicos: verificar como o conhecimento externo é incorporado ao conhecimento interno para o desenvolvimento de inovações, e identificar os benefícios em se utilizar fontes externas no processo de inovação das MPEs.
Segundo Chesbrough (2006), em empresas que adotam a inovação aberta, há a utilização do conhecimento interno e externo, assim como aplicações internas e externas para a comercialização das ideias (SANDULLI; CHESBROUGH, 2009). A P&D é vista como um sistema aberto, com um processo de busca e apreensão que contribui para que as empresas encontrem tecnologias específicas em fontes externas além de fazê-lo apenas internamente (PERKMANN e WALSH, 2007).
Para este artigo, optou-se pela pesquisa exploratória, pois ainda são poucos os estudos empíricos que contribuem para o fortalecimento da teoria e ampliação do conhecimento sobre o tema. Foram 6 entrevistas em profundidade, com gestores e pessoas envolvidas com o processo de inovação de MPEs e os dados coletados foram tratados qualitativamente. Todas as empresas que participaram da pesquisa de campo estão localizadas no estado de São Paulo e atuam no setor médico-hospitalar-odontológico.
A contribuição das fontes externas é bem mais intensa na fase de definição dos projetos, especialmente com novas ideias de clientes. Nem sempre os conhecimentos externos já se apresentam prontos para serem utilizados internamente, o que demanda atenção na fase de planejamento para que sejam absorvidos e transformados em competências próprias. Na fase de execução, o processo é menos aberto, voltando a abrir novamente e ficam mais receptivas às fontes externas na fase de entrega.
A participação de fontes externas não ocorre de maneira uniforme e com a mesma intensidade ao longo do processo de inovação das MPEs estudadas. A maior abertura ocorre na fase de definição dos projetos, com os conhecimentos externos incorporados aos internos para que o projeto de inovação seja iniciado. Na fase de planejamento ocorre de fato a absorção dos conhecimentos externos, levando o processo a se fechar, assim como na fase de execução, voltando a se abrir no final da fase de encerramento.
CHESBROUGH, H. Open Innovation: The New Imperative for Creating and Profiting from Technology. Harvard Business School Press. 2006. PERKMANN, M; WALSH, K. University–industry relationships and open innovation: Towards a research agenda. International Journal of Management Reviews. v.9, n.4, p.259-280. Dez, 2007. SANDULLI; F. D; CHESBROUGH; H. Open Business Models: Las dos caras de los Modelos de Negocio Abiertos. Universia Business Review. n.22, p.12-39. 2009.