Resumo

Título do Artigo

Liquidez: Efeito do Dinamismo e da Sincronia dos Elementos do Capital de Giro no Desempenho das Empresas Brasileiras
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Palavras Chave

Capital de Giro
Dinamismo,
Desempenho

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - Ercílio Zanolla
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS (UFG) - FACE - Faculdade de Administração, Ciências Contáveis e Economia
2 - César Augusto Tibúrcio Silva
-

Reumo

A pesquisa propõe um modelo de mensuração de liquidez que contemple o dinamismo e a sincronia dos elementos do capital de giro e postula avaliar se influencia no desempenho das empresas brasileiras. A literatura explicita a falta de entendimento conceitual sobre liquidez e isso impacta na sua mensuração e, consequentemente, nas informações geradas e utilizadas no processo de tomada de decisão.
Versar a gestão do capital de giro sem atentar para o dinamismo e o sincronismo das operações de seus elementos cria um hiato na mensuração da liquidez. A pesquisa busca responder o efeito do dinamismo e da sincronia dos elementos do capital de giro no desempenho das empresas brasileiras. Nesse sentido, como objetivo geral propõe um modelo de mensuração de liquidez que contemple o dinamismo e a sincronia dos elementos do capital de giro.
As discussões sobre liquidez começaram com Keynes (1985) em 1936 com a teoria da preferência pela liquidez. Para Amado (2000), a moeda não pode ter tratamento dissociado entre a economia monetária e real. Para Assaf Neto e Silva (2012) a liquidez tradicional não informa sobre a falta de sincronia do fluxo financeiro. Assim, para Carvalho (1996), a liquidez de ativos depende do grau de conversibilidade em caixa e, nesse sentido, é um indicador da incerteza (Villaça, 1969).
O modelo proposto foi desenvolvido a partir do conceito genuíno de liquidez, de liquidez ponderada e do modelo dinâmico de capital de giro. Assim, contempla o dinamismo dos elementos do capital de giro e a sincronia mensurada pela estacionariedade da liquidez dinâmica. Como proxy do desempenho utilizou-se o lucro líquido em regressão múltipla com dados em painel. Os dados foram obtidos de 83 empresas brasileiras no período de 1998 a 2013.
O modelo liquidez dinâmica capta o dinamismo dos elementos do capital de giro, consequentemente, representa a eficiência da gestão financeira. As varáveis liquidez dinâmica (ld), dinamismo, e estacionariedade da ld, sincronia, são estatisticamente significantes e explicam o desempenho, lucro líquido, da empresa. Os resultados confirmam o trade-off ‘risco e retorno’ pela eficiência da gestão financeira.
O modelo proposto ‘liquidez dinâmica’ mostra-se relevante para apreender o dinamismo dos elementos do capital de giro, eficiência da gestão financeira, e explica o desempenho, lucro líquido. No entanto, o resultado da pesquisa permite inferir que o risco financeiro diminui pela eficiência da gestão do capital de giro e não pelo aumento nominal da diferença entre ativos e passivos circulantes, liquidez tradicional. Assim, confirma-se o trade-off ‘risco e retorno’ da teoria de finanças.
Assaf Neto, A., e Silva, C.A.T. Administração do capital de giro. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2012. Carvalho, F.J.C. Sobre a centralidade da teoria da preferência pela liquidez na macroeconomia pós-keynesiana. Ensaios FEE, 17, p. 42-77, 1996. Fleuriet, M., Kehdy, R. Blanc, G. A dinâmica financeira das empresas brasileiras. Belo Horizonte: Fundação Dom Cabral, 1978. Keynes, J.M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda: Inflação e deflação (2ª ed.). São Paulo: Nova Cultural, 1985.