Resumo

Título do Artigo

A INOVAÇÃO DAS SUBSIDIÁRIAS DE MULTINACIONAIS DE PAÍSES EMERGENTES NOS MERCADOS DESENVOLVIDOS E EMERGENTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
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Palavras Chave

Inovação
Empresas Multinacionais de Países Emergentes
Empresas Multinacionais de Países Desenvolvidos

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Internacional e Globalização

Autores

Nome
1 - Marcello Diogo Cunha
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras MG
2 - Gabriela Rezende Duarte
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Lavras
3 - Sabrina Soares da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA) - Departamento de Administração e Economia

Reumo

A inovação ocorre quando recursos pré-existentes são combinados com a finalidade de se produzir um produto novo ou mais eficiente (SCHUMPETER, 1982). Nesse contexto, para as empresas multinacionais de países emergentes (EMNEs), as competências adquiridas no mercado internacional são de grande importância, uma vez que o conhecimento tecnológico desenvolvido pelas subsidiárias em países desenvolvidos é importado pelas matrizes das multinacionais. (IAMMARINO; PADILLA-PÉREZ; VON TUNZELMANN, 2008).
O presente estudo possui a seguinte questão de pesquisa: as subsidiárias de EMNEs tem maior probabilidade de desenvolver capacidades inovativas se estiverem instaladas em países desenvolvidos ou em países emergentes? Sendo assim, esse trabalho tem como objetivo analisar se as EMNEs inovam mais quando instalam suas subsidiárias em países desenvolvidos ou em países emergentes.
Peter Drucker (2014) define inovação como o ato que dota os recursos com uma nova capacidade de criar riqueza. Nesse contexto, as EMNEs buscam coordenar e controlar suas subsidiárias combinando as vantagens de estratégias globais. Esta inserção contribui para a capacidade de inovação das multinacionais (EMNs), facilitando o acesso a recursos e competências externas, bem como a coordenação com os atores internos e externos (HEIDENREICH, 2012).
Foi realizada uma revisão sistemática de literatura objetivando fazer um levantamento sobre os artigos disponíveis na literatura internacional que tratam da inovação realizada pelas EMNs instaladas tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento.
Como resultado, foi possível perceber que as subsidiárias de EMNEs conseguem inovar tanto em países desenvolvidos quanto em emergentes. Porém, foram encontrados resultados mais consistentes quanto a inovação em países desenvolvidos. Os principais fatores que proporcionam a inovação da subsidiária estão relacionados com a sua capacidade de integração local, por meio de parcerias com instituições, empresas e universidades.
Como visto, o avanço das EMNEs rumo aos países desenvolvidos tem gerado preocupação por parte das economias avançadas, mas não é motivo para se temer, pois, as EMNEs também geram muitas externalidades positivas para os países em que se instalam. Em vez disso, ele sugere que os países desenvolvidos estejam atentos a estes movimentos e consigam aproveitar as forças inovadoras destas empresas, incentivando parcerias e a integração local.
HEIDENREICH, M. The social embeddedness of multinational companies: a literature review. Socio-Economic Review, 2012. IAMMARINO, S.; PADILLA-PÉREZ, R.; VON TUNZELMANN, N. Technological capabilities and global–local interactions: the electronics industry in two Mexican regions. World Development, v. 36, n. 10, p. 1980-2003, 2008. SCHUMPETER, J. A. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, crédito, juros e o ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. 169p.