Resumo

Ao final da Segunda Guerra Mundial parte da Europa encontrava-se destruída e com a árdua tarefa de reconstruir a sociedade. Começava então a “guerra fria” e vários países iniciaram processos de aproximação e acordos de cooperação mútua, originando a atual União Europeia. Em 2004, se intensificou o processo de alargamento de fronteiras e ocorreu a adesão formal de dez países, com destaque para Estônia, Letônia e Lituânia, independentes da extinta União Soviética.

O objetivo do estudo é demonstrar o processo do desenvolvimento da União Européia (UE), na qual países da extinta União Soviética estão integrados. O que mudou desde então? Dez anos depois, os países bálticos que aderiram à União Europeia estão em melhores condições que as de antes da associação ao Bloco? Quais são as perspectivas dos países que almejam a adesão à UE como membros? O estudo se justifica pela importância de se conhecer o contexto mundial das relações internacionais como um todo.

A integração econômica e política da Europa constitui um processo contínuo, que combina aprofundamento interno e sucessivas ampliações. Estes sucessivos alargamentos são vistos como instrumento eficaz de política externa, promovendo exportação do modelo de governança e atuando como força estabilizadora de longo prazo. A intensa concorrência global forçou a redução dos custos de produção, deslocando as manufaturas para locais de baixo custo de mão de obra como China, México e Leste Europeu.

A própria natureza deste estudo pressupõe uma pesquisa bibliográfica que se desenvolverá em buscas na internet pelas principais agências internacionais de notícias e em registros históricos, principalmente no site oficial da União Europeia, que possui extensa documentação relativa a cada um de seus países membros, ao longo dos anos.

O alargamento das fronteiras na União Europeia teve componente estratégico relacionado com os efeitos da globalização. Com isso a produção europeia amenizou a competitividade de países emergentes e garantiu a continuidade da produção local, mesmo com o deslocamento de postos de trabalho para os países integrados mais recentemente. Entretanto, os resultados obtidos refletiram a influência da crise econômica de 2008, provocando considerável recessão internacional.

A análise dos países bálticos que aderiram à UE em 2004 permitiu concluir pelas vantagens da colaboração recíproca entre os participantes do bloco econômico. Não somente as pesquisas de opinião feitas pela Comissão Europeia, mas indicadores econômicos puderam corroborar a hipótese de que a adesão foi uma decisão acertada. Um aprofundamento, com dados da economia local de cada um dos países, inclusive com o detalhamento do seu comércio exterior, poderia enriquecer ainda mais o presente estudo.

FIGUEIREDO, João A. R. Gomes. “Dinâmicas da Política Externa Russa: as relações com a União Europeia nos mandatos de Putin e Medvedev”, Univ. de Coimbra, Portugal, 2012. GOMES, A. Soares. “O segundo alargamento da União Europeia (1981): Grécia”. 2009. KRUGMAN, Paul; OBSTFELD, Maurice. “Economia Internacional: teoria e política”. Pearson P. Hall, São Paulo, 2010. MIELNICZUK, Fabiano. “Identidade como fonte de conflito: Ucrânia e Rússia no pós-URSS”. Contexto Internacional, v. 28, nº1, RJ, 2006.