Resumo

Título do Artigo

QUEM É E ONDE ESTÁ O INOVADOR NAS ORGANIZAÇÕES?
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Palavras Chave

Inovação
MBTI
ARS

Área

Gestão da Inovação

Tema

Dimensões Humanas, Culturais e Sociais da Inovação

Autores

Nome
1 - Walber Santos de Assis
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - Praia Vermelha
2 - Emmanuel Paiva de Andrade
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - Departamento de Engenharia de Produção
3 - Andreia Maria da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - Niteroi
4 - Jean Carlos Machado Alves
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP) - Instituto de Ciência Exatas e Aplicada - Departamento de Engenharia de Produção
5 - MICHELE DE MEDEIROS ROCHA
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - Latec

Reumo

Inovação é resultado de uma rede intrincada de pessoas e suas relações, que ocorrem em ambientes variados e sujeitos a inúmeras pressões e contingenciamentos. Perfis inovadores fora do ambiente adequado para a inovação não produz mais do que frustrações e ineficiências. Mesmo com ferramentas e/ou abordagens adequadas, que isoladamente resolveriam os problemas tanto da competência dos atores quanto da sua adequada articulação, reunir uma assembleia heterogênea de humanos e não-humanos, pode apresentar disfuncionalidades surpreendentes como a de alocar inovadores fora do lugar.
Será que a organização possui inovadores cujos talentos ficam encobertos pela rede desenhada formalmente ou até mesmo pela rede formada espontaneamente e revelada pela ARS? Será que a rede informal consegue enxergar quem realmente tem preferência pela inovação e suas demandas? A presente pesquisa utilizou a ferramenta de análise de redes sociais (ARS) e o Myers-Briggs Type Indicator (MBTI) a fim de analisar a hipótese de que os inovadores em uma organização podem não estar alocados na posição que melhor favoreceria seu potencial inovador.
Basicamente, as redes sociais são compostas por atores (pessoas, instituições ou grupos) e suas conexões. Essas redes, conforme Mesquita et al. (2008, p. 551), são “construções de sujeitos articulados de maneira ativa, voluntária e hierárquica”. O MBTI é um instrumento que mede as preferências, elementos da personalidade que podem ou não ser expressos no comportamento. O MBTI vem da teoria dos tipos psicológicos de Jung. Há quase um consenso com relação à existência do contexto, das relações interpessoais,das interações com centros de pesquisa e universidades e da comunicação com o consumidor.
A pesquisa foi realizada em duas organizações, utiliza abordagem mista, em consonância com os modelos ARS e MBTI, e adota como estratégia de pesquisa o estudo de caso. O levantamento dos dados utilizou questionários estruturados, aplicados a todos os colaboradores, lotados no Brasil, de cada organização.
A pesquisa dá indícios de que a rede não possui um padrão de classificação para aqueles que identificam como inovador. Fatores diversos podem contribuir para que a rede tenha uma visão acerca de seus atores. O segundo estudo de caso deixou evidente que a rede vê os líderes como principais atores, o que pode ser uma resultante da cultura organizacional que, por ser centenária, sugere uma visão mais tradicional.
Os resultados indicam que perfis inovadores e locus de operação são variáveis que embutem complementaridade e intersubjetividade as quais, uma vez detectadas, podem se tornar objeto de ações de capacitação da empresa, tanto pelo lado do indivíduo, com suporte de liderança e capacitação técnica, quanto do lado do ambiente organizacional, ampliando funções, enriquecendo cargos ou realocando pessoas.
BURGELMAN, Robert A.; CHRISTENSEN, Clayton M., WHEELWRIGHT, Steven C. Gestão estratégica da tecnologia e da inovação: conceitos e soluções. Editora McGraw-Hill, 2012. 628p, 2012. KUIPERS, Ben S. et al. The Influence of Myers-Briggs Type Indicator Profiles on Team Development Processes: An Empirical Study in the Manufacturing Industry. Sage Publications, 2009. DYER, J., H. Gregersen, and CM CHRISTENSEN. DNA do Inovador: Dominando as 5 habilidades dos inovadores de ruptura. São Paulo. HSM Editora (2013).