Resumo

Título do Artigo

RELAÇÕES DO CRÉDITO BANCÁRIO E DO IED COM O CONSUMO NO BRICS
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Palavras Chave

Consumo
Crédito
Investimento Estrangeiro Direto

Área

Finanças

Tema

Crédito e Análise Setorial

Autores

Nome
1 - André Taue Saito
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (UNIFESP) - EPPEN
2 - Nuno Manoel Martins Dias Fouto
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração
3 - Claudio Felisoni de Angelo
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA

Reumo

Há oportunidade de analisar se o Crédito Bancário e o IED estão orientados ao Consumo, tratando este como variável dependente. Assim, o objetivo central do trabalho é avaliar se a expansão da liquidez bancária ao setor privado e os fluxos de IED estão voltados ao Consumo no BRICS entre 2003 e 2014, quando este grupo de países esteve em eminência positiva e foi caracterizado pela expansão de liquidez ao setor privado, pelo crescimento da renda per capita e aumento do fluxo de IED
A questão central é: Como ocorre a relação do IED e do Crédito Bancário com o Consumo? São três hipóteses: H1: houve relação positiva do Crédito Bancário e do IED com o Consumo que teve persistência no período; H2: o relacionamento do Consumo com a Riqueza Financeira, o Crédito Bancário e o IED foi maior do que com a Riqueza Humana; H3: a Taxa de Empréstimos, a Inflação, o Crédito Não-Performado, a Força do Credor, o Enforcement e o Crescimento Econômico se relacionaram com o Crédito Bancário.
A Hipótese do Ciclo de Vida (Modigliani e Brumberg, 1954) e a Teoria do Rendimento Permanente (Friedman, 1957) abordam o Consumo e explicam ser a Riqueza o elemento relevante a sua determinação. Na literatura verifica-se a influência da Riqueza (Davis e Palumbo, 2001; Mehra, 2001; Bertaut, 2002; Donihue e Avramenko, 2006; Shen et al, 2015) e do Crédito Bancário (Ellis, 2005) no Consumo, bem como a relação do mercado interno de Consumo e o IED (De Angelo, Eunni e Fouto, 2010).
Nos painéis estáticos, é empregada a abordagem de Efeitos Fixos, como forma de controlar o efeito de variáveis omitidas e que são constantes ao longo do tempo de estudo, como idioma e regime político, por exemplo. Para a verificação destes efeitos não observáveis, isto é, heterogeneidade não observada, os testes de Chow e Breusch-Pagan são realizados. Nos painéis dinâmicos o Método dos Momentos Generalizados – MMG – de Arellano e Bond (1991), Arellano e Bover (1995) e Blundell e Bond (1998).
Ao se controlar as estimativas com as dummies de tempo, no modelo MMG Dif de um passo (Tabela 3) nos painéis (V) e (VI), apenas o Crédito Bancário, a Riqueza Humana e o IED são significativos. Na Tabela 5, são significantes a variável dependente defasada, o Crédito Não-Performado e a Inflação, os resultados da variável dependente defasada sinalizam inércia do Crédito Bancário, o que pode ser explicado pelo fato não ser facilmente adequado pelos bancos.
Possibilidade da estabilidade monetária e a redução do Crédito Não-Performado terem relação positiva com o Crédito Bancário orientado à sustentação do Consumo. Diretrizes de estímulo da Riqueza Humana estariam orientadas ao crescimento econômico. O consumo das famílias não seria predominante como orientador do IED e, sim, a majoração da produção que, caso não seja consumida, poderia ser exportada: por isso a importância da inserção do BRICS no comércio internacional para nortear o IED.
Davis, M. and Palumbo, M. (2001). A primer on economics and time series econometrics of wealth effects, Finance and Economics Discussion Series 9, Federal Reserve Board. Ellis, J. H. (2005). Ahead the curve. Boston: Harvard Business School Press. Friedman, M. (1957). A theory of the consumption function, Milton General Series, 63, Princeton University Press. E outros.