Resumo

Título do Artigo

FAIRNESS - Evolução do constructo na Teoria dos Stakeholders
Abrir Arquivo

Palavras Chave

FAIRNESS
STAKEHOLDERS
GESTÃO

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Corporativa e de Stakeholders

Autores

Nome
1 - Delton Lehr Unglaub
CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA DE SÃO PAULO (UNASP) - Engenheiro Coelho

Reumo

A teoria social das empresas oscila entre dois extremos: uma que reduz a responsabilidade da empresa para a obtenção de lucro para seus acionistas (FRIEDMAN, 1970). E, outra que estende a responsabilidade da empresa para incluir uma ampla gama de atores com um interesse na empresa. Ampliando, assim, para fora, da comunidade local para a sociedade em geral (FREEMAN, 1984). Na teoria de Stakeholders, o tema é relevante, pois, estuda como as organizações podem atuar de diferentes maneiras para atraírem, reterem e motivarem os stakeholders de acordo com seus motivos.
O presente trabalho busca responder a seguinte questão: como o constructo de fairness evoluiu na literatura de Teoria dos Stakeholders? E, portanto, levantar as definições de fairness existente na literatura de stakeholders para analisar como o conceito têm evoluído.
A abordagem Fairness parte da premissa que os indivíduos reagem quando comparam as situações ocorridas com anteriores, assim, tentando fazer o mais justo em cada situação. Logo, em relação a esta abordagem na organização, Phillips (1997) discute como a equidade acontece na gestão de stakeholders. Para ele, um grupo de indivíduos que aceita cooperar e contribuir voluntariamente para o benefício do grupo, esperam que os envolvidos tenham tratamento e benefícios por meio da abordagem de equidade. Percebe-se, nesta abordagem que a criação de valor se dá na cooperação dos stakeholders.
A pesquisa é uma revisão integrativa da produção científica sobre o constructo fairness sob a Teoria dos Stakeholders. A seleção dos 36 artigos aconteceu de acordo com o protocolo de Chueke e Amatucci (2005) e a avaliação da qualidade dos artigos foi feita com base na Teoria dos Stakeholders. As bases de dados utilizadas foram: ISI e Scopus. O período analisado é: entre os anos 1996 e 2015. O autor integrou, então, os resultados analisados, identificando os dados dos artigos e discussão teórica dos artigos. Para depois realizar a análise descritiva e crítica do desenvolvimento dos conceitos.
Percebe-se como há uma progressão recente em relação ao constructo estudado e demais teorias (por exemplo, Princípio de Justiça, Teoria das Decisões, etc.). Porém, o constructo fairness e a Teoria dos Stakeholders tem sido pouco abordado. Em outra análise, nota-se que a maior parte dos autores não testam os modelos propostos e, portanto, discutem mais sobre as possíveis abordagens e suas implicações. Na segunda etapa, por meio de verificação dos títulos e referências, o autor classificou as diferentes definições utilizadas nos artigos selecionados e suas frequências.
Os resultados apontam que apesar de poucas publicações, os autores dos artigos pesquisados obtiveram muitas citações e foram publicados por veículos de alto impacto. Há interesse pelo tema fairness, porém, esta área ainda possui muitas lacunas a serem preenchidas e o constructo é apenas um dentre muitos outros na gestão de stakeholder e justiça organizacional. Logo, a contribuição teórica está na evidência do uso de fairness como forma de gestão e identificação de stakeholders, mas também como tentativa de instituir a organização como ambiente justo e igualitário.
CHUEKE, G. V.; AMATUCCI, M. O que é bibliometria? Uma introdução ao Fórum. Internext. v. 10, n. 2, p. 1-5, 2015. FREEMAN, R. E. Strategic Management: A Stakeholder Approach. Boston: Pitman Publishing Inc. 1984 FRIEDMAN, M. The Social Responsibility of Business is to Increase its Profits. The New York Times Magazine. Sep 13th, 1970. PHILLIPS, R. A. Stakeholder theory and a principle of fairness. Business Ethics Quarterly, p. 51-66, 1997.