Resumo

Título do Artigo

AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DAS EMPRESAS MEDIANTE TOPSIS
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Palavras Chave

Avaliação da sustentabilidade
Global Reporting Iniciative (GRI)
TOPSIS / ADMC

Área

Gestão Socioambiental

Tema

Estratégia e Sustentabilidade

Autores

Nome
1 - LINDA JESSICA DE MONTREUIL CARMONA
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Doutorado em Ciências Contábeis e Administração (PPGCC)
2 - Giancarlo Gomes
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd e Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC
3 - Andréia Carpes Dani
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - ppgcc

Reumo

A construção de sociedades sustentáveis, que conciliam métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica, motiva instrumentos de planejamento, que materializam a preocupação com a sustentabilidade de geradores de políticas públicas, empresas e instituições da sociedade civil. A Avaliação da sustentabilidade (AS) constitui um instrumento importante para decisores e stakeholders, no monitoramento das atividades desenvolvidas frente a objetivos socioambientais estratégicos.
Como pode ser medida a sustentabilidade de um projeto ou iniciativa? A AS como conceito emergente, responde a essa pergunta (WAHEED et al., 2009). Este estudo teve por objetivo avaliar a sustentabilidade das empresas do setor elétrico, adotando como base, indicadores do setor, evidenciados no relatório de sustentabilidade de cada empresa, ano de 2015, apresentados seguindo as diretrizes da Global Reporting Initiative (GRI), empregando a técnica de análise decisória multicritério TOPSIS.
O objetivo da AS consiste em determinar se determinada iniciativa é realmente sustentável, permitindo que a sociedade defina o significado da sustentabilidade e logo compare iniciativas (POPE et al, 2004). De acordo com a UNDP (2005), a AS permite a análise dos efeitos ambientais e sociais das políticas, planos e programas, podendo ser aplicada em qualquer nível ou estágio da tomada de decisão, e nível nacional, regional ou local.
A pesquisa, quanto ao seu objetivo foi caracterizada como descritiva e quantitativa, utilizando-se de dados secundários obtidos dos com relatórios de sustentabilidade publicados sob as diretrizes da GRI, ano de 2015. A amostra foi composta por 10 empresas brasileiras de capital aberto, pertencentes ao setor de energia elétrica. Após a coleta das informações optou-se pela aplicação do TOPSIS (Technique for Order Preference by Similarity to an Ideal Solution) para avaliação da sustentabilidade.
Após a aplicação do TOPSIS para redução de dimensões, os resultados parciais demonstram que a COSERN e a CPFL obtiveram as melhores pontuações em segurança, quanto que na satisfação de clientes a empresa Light obteve o maior score. Em eficiência financeira lideraram a Celesc e a Light, enquanto na eficiência energética e de gestão de recursos naturais destacou a AES Eletropaulo. Quanto à valorização de empregados, sobressaiu-se a COELBA (0,9658) e na valorização das comunidades, a CEMAR. A avaliação final da sustentabilidade apontou à empresa Light como a mais sustentável.
A avaliação da sustentabilidade aplicada com a técnica TOPSIS indicou que a empresa Light atingiu a melhor pontuação, enquanto a Copel apresentou a pior, dentre as empresas avaliadas. Nesta pesquisa, os níveis de importância ou pesos das dimensões foram calculados por entropia, verificando-se que o critério mais importante foi a satisfação de clientes e inovação, seguido da valorização de fornecedores e comunidades. De modo geral, observou-se que empresas com estruturas maiores, possuem um desempenho mais sustentável.
BOND, Alan; MORRISON-SAUNDERS, Angus; POPE, Jenny. Sustainability assessment: the state of the art. Impact Assessment and Project Appraisal, v. 30, n. 1, 2012. CINELLI, Marco; COLES, Stuart R.; KIRWAN, Kerry. Analysis of the potentials of multi criteria decision analysis methods to conduct sustainability assessment. Ecological Indicators, v. 46. 2014. POPE, Jenny; ANNANDALE, David; MORRISON-SAUNDERS, Angus. Conceptualising sustainability assessment. Environmental impact assessment review, v. 24, n. 6. 2004.