Resumo

Título do Artigo

O PAPEL DAS CAPACIDADES GERENCIAIS DINÂMICAS NAS CAPACIDADES DINÂMICAS DA FIRMA: revisão, síntese e proposta de framework integrativo
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Palavras Chave

Capacidades Dinâmicas
Capacidades Gerenciais Dinâmicas
Estratégia Competititva

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégia Competitiva

Autores

Nome
1 - SIMONE LUCENA DE VASCONCELOS ROCHA
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - PORTO ALEGRE

Reumo

O conceito de Capacidades Dinâmicas (CD) surgiu para determinar a capacidade da firma de integrar, construir e reconfigurar recursos internos e externos em ambientes de rápida mudança (Teece, 2023, 2012). Quase vinte anos depois, para melhor compreensão do papel de gestores na ação estratégica da empresa e nos processos de adaptação, inovação e eficácia (Mostafiz, Sambasivan & Goh, 2019), Adner e Helfat (2003) apresentaram as Capacidades Gerenciais Dinâmicas (CGD), caracterizando gerentes como uma parte do que é conhecido hoje como capacidades da empresa (Teece, 2018).
Embora a literatura sobre CD e CGD tenha se desenvolvido muito ao longo das últimas décadas, poucas são as pesquisas sobre a relação entre suas estruturas e suas contribuições conjuntas para a mudança estratégica e o desempenho organizacional (Helfat & Peteraf, 2015). Para preencher esta lacuna, este ensaio tem como objetivo sintetizar a literatura sobre os dois temas e apresentar um framework integrativo que buscará elucidar duas questões principais: (a) quais as relações entre os elementos das estruturas das CD e CGD? (b) se, e como, a estrutura das CGD pode ser integrada a da CD?
O conceito de CD foi desenvolvido no campo da estratégia e as primeiras declarações de sua estrutura se encontram em Teece e Pisano (1994) e Teece et al. (1997). As CGD, que tem foco na capacidade dos gerentes de afetar resultados estratégicos (Mehta & Ali, 2020), são definidas como aquelas com as quais os gerentes “constroem, integram e reconfiguram” recursos e competências organizacionais (Adner & Helfat, 2003), fazendo uma analogia às CD, que permitem uma organização “integrar, construir e reconfigurar competências”, sugerindo a importância de uma na criação da outra.
Para elucidar contradições entre linhas de pesquisas, é preciso conhecer suas estruturas, saber de que forma seus elementos se relacionam, para conseguirem gerar uma estratégia que leve a firma a uma vantagem competitiva consistente. Argumenta-se que a estratégia, planejada, implementada e repensada pelas CGD da firma, pode estar integrada à estrutura das CD nas capacidades de Sensing, Seizing e Transforming, e que, essas capacidades podem gerar processos sequenciados e contínuos, que resultam em um fluxo que gera o realinhamento estratégico, e assim, a vantagem competitiva sustentável.
Os "microfundamentos" das CGD interagem uns com os outros e refletem em informações, tomadas de decisão e ações que geram as CD (Adner & Helfat, 2003; Helfat & Martin, 2014), que por sua vez, alimentam as capacidades de nível inferior e também são realimentadas por elas, gerando a reorientação estratégica, que gera novo desempenho organizacional e a consequente vantagem competitiva. Através da aprendizagem contínua, a cultura é constantemente repensada e o ciclo é reiniciado. Assim, novas decisões são tomadas com base nas atividades de “sentir, integrar e reconfigurar” recursos e capacidades.
DOI: https://doi.org/10.1002/smj.331. DOI: https://doi.org/10.1177/0149206314561301. DOI: https://doi.org/10.1002/smj.2247. DOI: https://doi.org/10.1108/IJOES-07-2020-0121. DOI: https://doi.org/10.1108/JBIM-09-2018-0263. DOI: 10.1093/icc/3.3.537-a DOI: 10.1002/(SICI)1097-0266(199708)18:7<509::AID-SMJ882>3.0.CO;2-Z DOI: 10.1111/j.1467-6486.2012.01080.x DOI:10.1017/jmo.2017.75 DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-031-11371-0_6